No Majestoso, a trave decisiva. Palmeiras, a recaída. Gre-Nal, a goleada histórica
Roberto Avallone
09/08/2015 22h38
1- Pelas chances criadas, o São Paulo merecia ter vencido o Corinthians. Afinal, duas bolas na trave e, ainda, a polêmica se foi ou não pênalti de Uendel, no fim, classificado, pelo que leio, de um "não tenho certeza" do lateral.
Mas há milênios, o papo é o mesmo- vence no futebol quem faz mais gols- e São Paulo e Corinthians terminaram empatados o Majestoso, com o Corinthians saindo na frente (gol de Luciano) e o São Paulo só empatando no começo do segundo tempo, com Luís Fabiano. O resto é coisa de comentarista, sem nenhum efeito prático.
Para o Corinthians, o resultado foi melhor, tanto no sentido de alivio por não ter perdido mesmo com um jogador a menos (Felipe foi expulso) quando pelos números do Campeonato, pois que enquanto os corintianos mantém a vice-liderança, dois pontos atrás do líder Atlético, os tricolores amargam a oitava posição da competição, que não é cômoda.
2- Um mau primeiro tempo e só melhorando na etapa final com as entradas de Alecsandro, Cleiton Xavier e depois Cristaldo (o autor de seu gol), o Palmeiras foi derrotado pelo Cruzeiro (2 a 1) e dá a nítida sensação de que sofreu séria recaída depois de uma bela arrancada na competição.
É bom lembrar que na etapa inicial, além da derrota, o Palmeiras escapou de contagem maior graças a seu goleiro, Fernando Prass, que defendeu o pênalti batido por Marinho, no canto esquerdo. No resto, foi só correr atrás do Cruzeiro.
Na etapa final, é verdade, o Palmeiras teve seus lances mais ousados, conseguiu o empate, criou mais chances, mas permitiu o gol da vitória cruzeirense, em jogada também nascida de falha: o erro foi de Cleiton Xavier, que errou um passe fácil, assim como no primeiro gol o erro foi de Leandro Almeida. Quer dizer: duas falhas individuais.
É o que assusta o torcedor, mais do que a derrota. Ou tanto quanto assustam as repentinas má performances de Lucas, Egídio e Rafael Marques- os que vinham jogando muito bem. Ah, é preciso reconhecer, também, que Gabriel faz muita falta.
São preocupantes os problemas palmeirenses.
3- O mais feliz da rodada foi o Grêmio: arrasou seu arqui-inimigo Inter por 5 a 0- feito que não conseguisse desde 1912-, saltou para a terceira posição do Campeonato, jogou futebol de respeito. Ah, e ainda deu-se ao luxo de desperdiçar um pênalti (Douglas), logo no começo da partida.
O Grêmio se reencontrou na competição, oferecendo o cargo de técnico ao interino (agora efetivado), seu ex- jogador, e que coleciona números bem melhores do que os de Felipão, seu antecessor: Roger, lateral-esquerdo gremista dos tempos de glória.
E o Inter, que sem suportar a eliminação na Libertadores, demitiu seu técnico, o uruguaio Aguirre, agora se vê sem comando eficiente, podendo partir, nas próximas horas, para Mano Menezes ou Oswaldo de Oliveira, coisa que já cogitara.
A situação do Colorado é de muita gravidade.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.