A estreia de Marcelo Oliveira: derrota. Ricardo Oliveira: a vitória de quem sabe
Roberto Avallone
21/06/2015 02h15
1- Esperava-se muito mais do Palmeiras na estreia de Marcelo Oliveira, técnico bicampeão brasileiro. Na verdade, a derrota para o Grêmio, em Porto Alegre por 1 a 0 (golaço de Maikon, ex- São Paulo) apenas escancarou que, apesar dos esforços da cúpula do futebol palmeirense, o Palmeiras ainda é só um elenco numeroso, mas não um time de muita qualidade.
Pode ser apenas uma fase ruim de alguns jogadores, pode ser. Mas o fato é que vários andam devendo e jogando menos do que podem. Exemplos? Um deles é Arouca, outro é Cleiton Xavier, outro é Dudu- os três renomados, que já viveram dias mais felizes, mas que não vêm conseguindo exibir o futebol que se esperava.
Mais detalhes negativos? Sim, existem: o zagueiro de área pela direita, Vítor Ramos às vezes é um jogador desengonçado, facilmente batido na corrida, sem pose para ser o titular; Rafael Marques, bom jogador, exímio cabeceador, se não gosta de jogar como centroavante, que pelo menos fique perto da área, onde pode ser útil- e não na ponta-direita, pois lá já se sabe que não rende.
Tudo bem que Lucas Barrios está chegando e pode ser o homem que falta ao ataque, assim como Leandro Almeida está para chegar e mandar V Vitor Ramos para a reserva. Mas é preocupante, que na oitava rodada do Brasileirão, o Palmeiras ainda sofra com problemas de entrosamento e de padrão de jogo, pois já houve tempo, se não de chegar ao ideal, pelo menos de ter mais consistência.
2- Conheço Ricardo Oliveira desde os tempos em que ele defendia os juniores da Portuguesa, na Copa São Paulo. Era meia-esquerda, depois transformou-se em centroavante e até hoje, aos 34 anos, é um autêntico matador, que é como se chama um implacável fazer de gols.
E foi ele, Ricardo, quem deu a vitória ao Santos sobre o Corinthians, na Vila Belmiro, ao chutar forte da esquerda, embora contasse, ainda, com a falha do goleiro Cássio. Transformou-se no herói da partida.
Partida que foi dominada pelo Santos no primeiro tempo, mas que, pela etapa final corintiana, não teria sido uma injustiça se o Corinthians acabasse empatando, com as duas bolas nas traves santistas.
Convém lembrar, no entanto, que o Santos jogou sem suas duas maiores estrelas, Robinho e Lucas Lima, o que tira boa parte de suas forças; o Corinthians, por sua vez, vive um processo de certo desmanche, com a saída de alguns jogadores e indefinições de outros.
A resposta talvez esteja no público, pequeno demais para um clássico como Santos e Corinthians.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.