Corinthians, a noite de Luciano. E os limites de Gareca
Roberto Avallone
22/08/2014 02h26
1- Foi uma daquelas noites que o jogador talvez jamais esqueça. Jogo duro, empatado em 2 a 2, e, de repente, só dá ele, Luciano: marca o gol de desempate, de cabeça, marca o quarto com estilo e arremata com o quinto, cheio de oportunismo. Corinthians 5, Goiás 2, três gols de Luciano.
E ele nem começou a partida, entrando no decorrer do jogo, em função do jovem paraguaio Romero correr muito e produzir pouco, além de o Corinthians não pretender desperdiçar pontos em casa. Mas nem só de Luciano viveu o Corinthians: exalte-se a ótima atuação de Elias, justamente convocado por Dunga, volante que arma seu ataque como um meia de ofício.
Elias está em grande fase.
2- Não bastassem todos os motivos que atormentam a vida do palmeirense, eis que essa ladainha do técnico Ricardo Gareca começa a cansar: num dia, ele diz em entrevista coletiva que fica no Palmeiras até o fim, que não tem essa de pedir demissão, coisa e tal; no outro, volta a falar em desencanto, nos seus limites, insinuando a uma rádio da Argentina que o jogo com o Coritiba pode demarcar os seus desejos de ficar ou sair.
Insegurança? Pudor diante dos maus resultados?
Sei lá. O que sei é que há um contrato em vigor e, mais do que isso, um compromisso assumido entre o treinador e o clube, levado tão à sério que quatro jogadores argentinos foram contratados- Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo-, embora nenhum deles, ainda, com sucesso absoluto.
Mas foram indicados por ele, Gareca, a quem cabe a missão de fazê-los jogar como se espera. Cabe a ele também fazer do Palmeiras uma equipe equilibrada e que não se abale tanto com um gol sofrido como aconteceu no jogo contra o Sport.
Aí quem sabe talvez comece a se desenhar um milagre de San Gennaro, que seria a fuga do Palmeiras ao rebaixamento, coisa que só os mais otimistas- ou românticos, em homenagem ao Centenário- acreditam neste momento.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.