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O Palmeiras quase empatou com o líder Cruzeiro. Mas faltou qualidade

Roberto Avallone

20/07/2014 20h36

Foto: Leonardo Soares/UOL

Para não parecer o azedo da ocasião, começo dizer que depois de levar dois gols nos primeiros minutos de jogo (Ricardo Goulart e Manoel) do líder Cruzeiro, o Palmeiras até que mostrou bons sinais de reação: no segundo tempo encurralou o adversário, fez o seu gol (Tobio) e esteve a ponto de empatara partida.

Mas não fez, perdeu mais três pontos em pleno Pacaembu e amarga má colocação na tabela.

Há explicação para isso? Sim, claro que há. É a chamada falta de qualidade, fatal diante de um líder que tem em seu banco de reservas jogadores melhores do que os titulares do Palmeiras: Dagoberto, Júlio Baptista, Marlone- sem contar os lesionados em discussão contratual por finalizar, como o zagueiro Dedé (machucado) e o atacante Willian, cujos direito estão sendo comprados por 4 milhões de euros (cerca de 12 milhões e 500 mil reais).

É uma desproporção considerável, pois não?

E dentro do que o técnico Ricardo Gareca tem em mãos- sem contar com os reforços que a dupla Paulo Nobre e Brunoro teima em não contratar, sem maiores explicações- quais foram as principais falhas desse time que não vence há 5 jogos? Minha opinião:

1- Henrique pode ser até um bom centroavante para a reserva, parece que foi para isso que veio, mas os dois gols que perdeu neste domingo contra o Cruzeiro são inadmissíveis para um goleador de time grande. A primeira perda, então, foi algo que beirou o absurdo: no rebote, sem goleiro, pegou tão mal na bola que mal se sabe se ele não foi para fora do estádio.

Um gol que Alan Kardec, Lucas Pratto ou até mesmo Facundo Ferreyra, ah, nenhum deles perderia.

2- E a criatividade no meio-campo, onde jogava Valdivia? Quase não existiu, principalmente enquanto o veterano uruguaio, Eguren, esteve em campo. Depois, Eguren teve uma lesão muscular e mesmo com Felipe Menezes, que não é nenhum gênio, mas é meia, o Palmeiras melhorou.

3- Triste é a situação da lateral-direita, por onde corre, dedicado, o improvisado Wendell. Corre, sim, mas não produz, pois volante de origem, não tem o cacoete de centrar devidamente as bolas para a área. E Wendell, até por falta de concorrência, parece ser titular absoluto. Intocável.

Assim, por mais que o técnico Gareca se dedique e os jogadores se esforcem, o Palmeiras parece atravessar autêntico Calvário, no ano de seu Centenário. Pode até ter rimado, mas não é, nem de longe, a solução.

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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