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Eis a questão: quando começa a reformulação no futebol brasileiro

Roberto Avallone

12/07/2014 23h27

Foto: AFP

Creio que depois do novo chocolate- desta vez para a Holanda, por 3 a 0!-acabaram-se quaisquer dúvidas de quem ainda as poderia ter sobre a necessidade, mais do que urgentes, sobre mudanças radicais no futebol brasileiro.  A começar, é claro, pela saída do técnico Felipão e demais integrantes da Comissão Técnica; isso que, ao que consta, já está resolvido pela cúpula da CBF (segundo as últimas informações), não é suficiente, devendo ser apenas o início de um plano ambicioso capaz de devolver ao futebol brasileiro o status de potência mundial.

Pois o que se viu contra a Holanda, ai de nós, foi um time frágil na defesa, sem criatividade no meio do campo e incapaz no ataque: o goleiro da Holanda, Cillessen, fez uma única defesa durante todo o jogo, em falta cobrada (não muito bem) por David Luiz. No resto do tempo, descansou.

Nossa defesa sofreu 14 gols nesta Copa, fazendo de Júlio César, o mais vazado goleiro da Seleção Brasileira em todos os tempos, o que é, no mínimo, constrangedor. E Felipão fez seis alterações na equipe que foi humilhada pela Alemanha por 7 a 1, tendo por novidades Maxwell, Paulinho, Jô, Willian, Ramires e a volta do capitão Thiago Silva. Não adiantou nada.

Afastada qualquer hipótese de "acidente de percurso", "apagão de sei minutos", "Titanic" ou coisas do gênero, vemos que além de atrasado taticamente o Brasil sofre coma falta de um número maior de talentos, o que pode se explicar por deficiências na base- a prioridade por brucutus e não por craques em potencial-, sendo recomendável presença de profissionais estrangeiros para arejar nossas estagnadas mentalidades.

Priorizar a forças dos clubes para que tenhamos campeonatos equilibrados e estádios cheios (logo, não me parece adequado Flamengo e Corinthians receberem as cotas maiores da tevê), sendo esta uma cópia, não das cotas, mas do público que fez forte de novo o futebol alemão, recebendo a Bundesliga a média de 45 mil pessoas por jogo.

Com os clubes fortes, como eram antes, a Seleção também será forte. Como antigamente. O que não pode é a CBF esvair-se m dinheiro, os clubes endividados como estão e a Seleção jogando essa bolinha vergonhosa. Como disse o jornal argentino Olé não subiremos nem no pódio desta Copa.

E em uma festa em nossa casa. Renovar ou morrer!

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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