A Holanda será semifinalista. E que tal uma revolução brasileira?
Roberto Avallone
30/06/2014 00h38
1- Para mim, não há nenhuma. Por mais que o futebol tenha seus caprichos e cultive suas zebras, não vejo como a Costa Rica poderá brecar o ataque holandês mesmo levando-se em consideração que a Holanda só jogou bem nos últimos vinte cinco minutos da partida em que, de virada, venceu o México por 2 a 1.
É que mesmo assim, mesmo com a Holanda jogando abaixo do que pode, o que vi no duelo entre Costa Rica e Grécia (vencido por Costa Rica na decisão por pênaltis, após empate de 1 a 1) foi capaz de arrepiar. Arrepiar pela ruindade exibida de um lado e de outro, com a Seleção de Costa Rica abrindo o placar, mas, como teve um jogador expulso, Duarte, foi obrigada a recuar e a permitir o empate grego nos momentos finais da partida.
Tanto fazia ganhar um ou outro. Nenhuma das seleções é capaz de conter a Holanda mesmo em dia ruim, ainda mais se Van Persie jogar como no começo da Copa (o que não aconteceu frente ao México), fazendo companhia ao fantástico Robben e ao meio com lampejos de craque, Sneijder.
Aí, ninguém segura.
2- Já que a Seleção não empolga e é vista para o jogo contra a Colômbia como detentor de menos talentos do que a equipe de James Rodriguez, por Felipão não chuta o balde da burocracia e escala um time à brasileira? Como já não temos os pontas dos tempos de ouro e nem o nosso tradicional meia-armador, deveríamos improvisar os jogadores que restam para essas funções, ainda que limitados.
Para fazer o papel de ponta, por exemplo, desta vez pela esquerda. Felipão deveria utilizar Bernard, a quem classificou, um dia, jogador "com alegria nas pernas". E por falta do Maestro, tipo Didi ou Gérson, o jeito é lançar mão de quem tem mais cacoete para armar jogadas e chutar de fora da área. Aproveitando a suspensão de Luiz Gustavo, que se recue Fernandinho para primeiro volante, abrindo sua vaga para Hernanes, apelidado o Profeta, que tem boas credenciais por sua atuação no São Paulo, no futebol italiano e na própria Seleção Brasileira.
À ousadia, Felipão!
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.