Palmeiras, a vitória da garra. E que bela campanha!
Roberto Avallone
02/02/2014 21h20
Como num golpe de judô, o Palmeiras imobilizou o São Paulo e levou a vitória (2 a 0, gols de Valdivia e Alan Kardec) na mais recente edição do Choque- Rei, clássico que sempre mobilizou a cidade. Mais do que isso, manteve o aproveitamento de 100 por cento neste Campeonato Paulista, com cinco vitórias em cinco jogos, 15 pontos ganhos, em campanha até aqui impecável.
E o Palmeiras nem precisou exibir futebol de luxo, bastando ser eficiente na marcação e senhor de muita garra para tornar o São Paulo um time quase inofensivo durante o jogo inteiro; para decidir e marcar os gols, valeu-se de uma inteligente antecipação de Valdivia, em bola parada executada por Mazinho- deixando Rogério Ceni com os nervos à flor da pele- e de uma jogada individual de Alan Kardec que converteu em gol o pênalti sofrido por ele mesmo, depois de driblar Rodrigo Caio.
Armado por Gilson Kleina, o Palmeiras foi diferente desta vez: os atacantes Leandro e Alan Kardec marcavam os adversários desde o ataque, Marcelo Oliveira anulava Paulo Henrique Ganso, os laterais quase não apoiava, oz zagueiros Lúcio e Wellington pareciam soberanos em sua área.
Como o São Paulo poderia furar o bloqueio do Palmeiras? Talvez pudesse se contasse com um meia-armador inspirado, o que não era o caso de Paulo Henrique Ganso, ou atacantes mais habilidosos do que o três tricolores- Ademilson, Osvaldo e Luís Fabiano.
Não conseguiu, evidentemente.
Com um gosto de amargo de quem não produziu nada, o São Paulo saiu de campo pensando talvez no que de bom possam lhe trazer os reforços- Pabón e Souza-, enquanto o Palmeiras ganha o moral alto por ter vencido, finalmente, um clássico da cidade- o que não acontecia há 12 jogos. Ah, e que ainda tem gente para estrear. Bruno César, por exemplo.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.