O renascimento de Felipão. Valdivia, um desperdício. E o maior do mundo
Roberto Avallone
20/11/2013 05h02
1- Nem tanto pela vitória diante do Chile (2 a 1), no Canadá, suada embora justa. E sim pelo conjunto da obra desde que reassumiu a Seleção Brasileira, com direito ao título da Copa das Confederações e a uma surra histórica aplicada na Espanha: o fato é que Felipão voltou a ser Felipão. E ainda melhor, eu diria, com um toque de modernidade e de atualização, que o faz rever seus antigos conceitos, como, por exemplo, jogar com três atacantes (contra o Chile começou com Neymar, Jô e Hulk) ou até mesmo de abdicar do centroavante de ofício que sempre teve em sua carreira como na entrada de Robinho.
E Robinho fez o gol da vitória.
(Antes, os autores dos gols tinham sido Hulk e Vargas).
Essa reciclagem de Felipão, sei lá se por conta própria ou por certa influência de Carlos Alberto Parreira, em minha opinião é uma lição de humildade. Outros técnicos deveriam seguir o seu exemplo. Aparentemente ultrapassado em suas últimas temporadas no Palmeiras, Felipão ressurgiu das cinzas, encheu-se de modernidade, tomou conta da Seleção e hoje é unanimidade nacional.
Em minha opinião, é o técnico favorito para levantar a taça de Campeão na Copa do Mundo que se avizinha.
2- Fico a imaginar como seria se os músculos não traíssem tanto a Valdivia. Nos 35 minutos em que esteve em campo contra o Brasil, conseguiu equilibrar a partida, enfiou aquelas bolas geniais, mudou o ritmo da partida. Depois, não deu mais: saiu, deixando no ar um ponto de interrogação se vai ser assim pelo resto da carreira.
Só nos resta lamentar tamanho desperdício. Não fossem as lesões e ele seria um verdadeiro "El Mago" dos campos, com um tipo de jogo que já não se vê mais por aí.
É pena.
3- Cristiano Ronaldo, por seus gols espetaculares contra a Suécia e por aquilo que tem feito ao longo da temporada, desta vez vai desbancar Messi: será eleito o jogador do ano na festa da FIFA, ganhará a Bola de Ouro, ganhará festas especiais em Madri e em Lisboa.
Nada mais justo.
(Maiores detalhes sobre sua atuação e a classificação de Portugal para a Copa, no meu post anterior: "Cristiano Ronaldo, o Rei de Portugal. E o melhor do futebol". http://blogdoavallone.blogosfera.uol.com.br/2013/11/19/cristiano-ronaldo-o-rei-de-portugal-e-o-melhor-do-futebol/ … ).
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.