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O Vasco faz o São Paulo retornar à zona da degola. E incertezas palestrinas

Roberto Avallone

04/10/2013 02h10

Foto: Marcelo Sadio/ Site do Vasco

1- Ah, o São Paulo está de volta à zona do rebaixamento. E o seu carrasco, desta vez, foi o Vasco da Gama que, mesmo jogando em Macaé, venceu o Inter de Porto Alegre, por 3 a 1, saindo momentaneamente do sufoco , mandando o tricolor ao posto que lhe dá calafrios.

Quanto ao jogo em si, foi uma vitória justa e que nas entrelinhas do que se ouviu do presidente do Inter, Giovanni Luigi, deve ter custado o cargo do técnico Dunga, que provavelmente sairá ainda hoje do Colorado. Como suportar tantas decepções de um elenco formado por jogadores renomados, bem ora muitos deles já veteranos?

O Vasco venceu baseado no talento e no comando de um veterano, sim, Juninho pernambucano, mas acompanhado de jovens valores como Marlone, Willie (autor do terceiro gol) e André (autor do segundo), velozes o suficiente para infernizar a marcação dos velhos defensores do Inter. Coube a Edmilson (ex- Palmeiras) autoria do primeiro gol vascaíno e a Jorge Henrique (ex- Corinthians) o gol de honra dos gaúchos.

E quanto ao São Paulo, que paga o preço de sua recaída nos últimos jogos, pode-se dizer que teve dia agitado: de surpresa, o técnico Muricy Ramalho antecipou a concentração dos jogadores em uma noite, assim como o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, foi visto a conversar com Rogério Ceni por pouco mais de meia hora, provavelmente na tentativa de entender o que está acontecendo.

Resumo da ópera: sinal de alerta- e que sinal- ligado outra vez no São Paulo. O fantasma do rebaixamento voltou a assustar.

2- Que o Palmeiras estará de volta à elite do futebol brasileiro, ninguém duvida. Só não se sabe exatamente como estará no ano de seu Centenário, em alguns itens:

a) Arena: embora oficialmente tudo esteja normal, nos bastidores se comenta que a relação entre o Palmeiras e a construtora (W. Torre) não anda das mais doces. Tanto que um experiente empresário foi destacado para tentar aparar divergências e arestas entre as partes, tentando um acordo razoável para ambas. A Folha de São Paulo já publicou há um tempinho a discussão sobre as cadeiras disponíveis a cada umas das partes- e, ao que consta, isso ainda não foi resolvido satisfatoriamente. E há outros pontos sendo discutidos.

A esta altura do Campeonato, acredito, que o tal acordo razoável será alcançado, mesmo se não for o ideal para o investidor ou para boa parte da torcida que, evidentemente, sonharia com um novo estádio construído com recursos próprios do clube- como foi na romântica compra do terreno (e depois, do primeiro estádio de concreto), que daria no romântico Parque Antarctica.

Os tempos são outros. E como me disse um conselheiro, deve-se fazer o melhor negócio possível.

b) Como será o time para o Ano do Centenário, quem será o técnico? Gilson Kleina ainda está sob avaliação constante, segundo se fala sempre, e não tem situação definida para o ano que vem. Quanto ao elenco, mais de dez jogadores terão contrato encerrado no fim do ano, sendo que pelo menos dois deles são fundamentais para a equipe: o atacante Leandro e o zagueiro Wilson.  Nos bastidores, fala-se em reforços, não se sabendo, no entanto, se haverá dinheiro suficiente para a contratação de jogadores sonhados pela torcida, como, por exemplo, um lateral-esquerdo de muitas qualidades, assim como um primeiro volante ideal, um atacante (tipo Marcelo, do Atlético Paranaense) e um centroavante para pelo menos brigar com Alan Kardec pela posição.

c) O  programa de  sócio- torcedor está indo bem. Até a noite desta quinta-feira, faltava bem pouco para o número de 34 mil associados. Como manter e ampliar este número, é a questão.

d) O  patrocinador  máster (que, falaram-me, seria a Fiat) ainda não foi anunciado e talvez fique só para o ano que vem. O tema está sob sigilo.

Enfim, as esperanças palestrinas são grandes. Mas as indefinições geram, como é natural, muita ansiedade na torcida do time que está de volta ao seu lugar.

OBSERVAÇÃO:  Conheçam o canal da competente amiga Marília Ruiz. Na entrevista que dei a ela falamos sobre futebol e jornalismo, confira! http://mariliaruiz.com.br/marilia-ruiz-entrevista-roberto-avallone/ …

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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