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Blog do Roberto Avallone

Brasil bate Argentina. E o nosso ataque por onde anda?

Roberto Avallone

17/10/2018 03h08

Talvez não se possa duvidar da capacidade ofensiva de Miranda. Mas ele não é  zagueiro? Sim, E dos melhores, ainda que já  veterano. Mas nessa vitória da Seleção Brasileira sobre a da Argentina,por 1 a 0, em Jedá(Arábia Saudita) ele foi o nosso melhor atacante; fez o gol da vitória, de cabeça,já nos acréscimos, e antes, ainda no primeiro tempo, teve a nossa única chance de gol, arrematando firme, da pequena área,para Otamendi salvar em cima da risca.

E o nosso ataque, o que fez? Nada. Ou quase nada.O que contraria a essência do futebol brasileiro.

Antes de voltar ao tema sobre o ataque, é preciso falar um pouco mais do gol da vitória, no terceiro minuto dos acréscimos da partida. Isso porque, pelo que vi na tevê, antes de a bola chegar à área vindo da cobrança de escanteio pela esquerda, Miranda empurrou um defensor(creio que Otamendi) e saltou livre,  cabeceando paras redes argentinas.

(  Arnaldo Cezar Coelho, respeitado comentarista de arbitragem da Globo, também falou na hora, sem hesitar, que aconteceu mesmo o empurrão de Miranda no argentino antes de a bola chegar à sia cabeça. Falta!)

E ainda antes de arrematar sobre o ataque, o resumo da ópera: monotóno primeiro tempo, nem parecendo um Brasil vérsus Argentina, clássico de tantas emoções ao longo dos tempos. A etapa final foi mais animada, a entrada de Richarlison melhou um pouco a parte ofensiva(um pouco, eu disse) brasileira e pelo lado argentino, em bela cobrança de falta, Dybala quase marcou.

Agora,sim, o nosso ataque. Do jeito que atuou. não funciona. Para começar, Neymar não pode jogar tão longe da área e do centroavante, pois lá no meio do campo não teve uma chance sequer de fazer gol ou de  sofrer falta perigosa; Gabriel Jesus, que começou tão bem na Seleção, vive má fase, não se sabendo qual é a sua posição, tentando ser contra os argentinos uma espécie de "faz- tudo", dedicando-se mais à marcação do que em cumprir a missão de atacante(acabou saindo); Firmino, goleador no Liverpool, não teve uma chance para marcar sequer; Philippe Cotinho já esteve bem melhor.

Enfim, não lembramos, nem de longe, os poderosos ataques que já tivemos.Senti falta de um Neymar mais perto da área, de um centroavante com recirsos e mobilidade(poderia ser Pedro, do Fluminense, se não estivesse lesonado), de um ponta como Douglas Costa(se estiver bem fisicamente) e como Everton, do Grêmio.

Vencemos a velha rival Argentina, é verdade. Mas não jogamos o futebol "à brasileira".

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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