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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras: alívio, susto e três pontos. E o Santos, no jogo dos gols perdidos

Roberto Avallone

24/09/2016 18h50

Foto: Cesar Greco / Divulgação Palmeiras

Foto: Cesar Greco / Divulgação Palmeiras

A esta altura do Campeonato,para quem sonha com o título, o importante é garantir os três pontos. Evidentemente.

Mas no caso desse jogo, Palmeiras e Coritiba, a vitória (2 a 1) poderia ter acontecido sem o menor susto. Isso, se a turma palmeirense tivesse um articulador, o chamado meia-armador, cuja ausência fez com que,no primeiro tempo, o time jogasse sem brilho- e os quatro atacantes sem municiamento- diante de um Coritiba que só fazia se defender, até porque jogava muito desfalcado(Kleber, Leandro, Neto Berola, etc).

Na etapa final, porém, mesmo sem articulador, o técnico Cuca trocou Érik por um jogador mais alto, Leandro, Pereira (1 metro e 90) e  ele, saltando mais do que o goleiro Wilson fez, de cabeça, o primeiro gol. Em minha opinião, sem falta. Era a alternativa possível: sem articulador, que se aproveitasse a bola área. Curioso que, poudo tempo depois, a intenção era usar Mina na tal jogada aérea;mas a falta foi cobrada Rasteira, Roger Guedes desviou do goleiro e Mina- que seria o cabeceador- desviou com o pé direito par as redes. Palmeiras, 2 a 0. Quarto gol de Mina.

Era o alívio.

E lá ia o jogo, encaminhando-se para tranquila vitória do Palmeiras quando o Coritiba, que quase não atacava, fez o seu gol, aproveitando-se de afobação do bom goleiro Jaílson: após defender uma bola, Jaílson voltou lentamente para o seu lugar e Iago tocou para o lugar onde o goleiro não chegou a tempo. 2 a 1.

E aí veio o susto, Menos pelo Coritiba, cujo futebol não assustava, mais pelo medo de tomar o gol de empate, o que poderia significar a perda de dois pontos em jogo fácil- e talvez a perda da liderança, caso o Flamengo vença o Cruzeiro.

Foi só o susto. E talvez a lição de que não adianta colocar atacantes velozes, sem articulador. A bola não chega. Talvez o ideal fosse fixar Moisés como o meia-armador, pois já se viu que Cleiton Xavier (agora machucado) vive péssima fase. Essa talvez seja uma lição e tanto.

Quanto aos destaque, cito Dudu como o melhor jogador contra o Coritiba (está suspenso para enfrentar o Santa Cruz e falto também de Moisés, versátil e dinâmico, embora estivesse com a pontaria ruim. Ah, é claro, destaque também foi Mina, zagueiro-artilheiro (quatro gols marcados no Campeonato), o defensor que neste item é o que mais lembra Luís Pereira- este, o melhor zagueiro-central que vi jogar.

Enfim, com suas virtudes e seus defeitos, segue o Palmeiras na liderança.

E O SANTOS, NO JOGO DOS GOLS PERDIDOS

Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Eleven

Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Eleven

Foram vários e vários gols perdidos, menos um: no chute de Rogério, no cantinho esquerdo de Vanderlei, goleiro do Santos. Sport, 1 a 0. Depois, o Sport perdeu por duas vezes a chance de ampliar o placar e o Santos, reagindo, guiado por Lucas Lima, quase chegou ao empate, na cabeçada de Rodrigão na trave e em outras oportunidades, cara a cara com o goleiro Magrão.

Em minha opinião, houve um pênalti não marcado- bola no braço direito de Ronaldo Alves- e não sei o que Elano falou para o árbitro, mas ele foi derrubado por trás e ficou zangado.Com sua experiência, no entanto, deveria saber o momento certo de parar, pois foi advertido com o cartão amarelo e algumas reclamações depois, com o vermelho.Expulso de campo.

Expulsão que brecou a reação do Santos, que ficou com dez jogadores diante do Sport, num jogo corrido, animado, suado e que mostrou, por exemplo, a imensa falta que faz o artilheiro Ricardo Oliveira ao time de Dorival Júnior.Mesmo com a derrota, o Santos permanece no G-4 e o Sport, com esse 1 a 0, afasta-se mais da zona da degola, com 33 pontos.

 

 

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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