No Dérby, o Palmeiras podia ter goleado. E Cristóvão foi demitido
1- Pelas chances que perdeu, o Palmeiras poderia ter goleado o Corinthians, na Arena corintiana, neste sábado. Foram pelo menos quatro oportunidades claras de gol desperdiçadas pelos palmeirenses- duas por Érik, uma por Leandro Pereira e outra (de cabeça) por Edu Dracena- diante de um Corinthians que correu, correu, mas não obrigou Jaílson a nenhuma grande defesa.
Como gol perdido não conta, o Palmeiras ficou com 2 a 0-gols de Moisés e Mina-, placar suficiente para mostrar sua superioridade e importantíssimo nessa luta pelo topo, pois mesmo que o Flamengo vença o Figueirense neste domingo pela manhã, no Pacaembu, não tirará a liderança palmeirense- que estava em risco antes do Dérby. O Palmeiras agora tem 51 pontos, o Flamengo, por enquanto, 47.
Quanto ao Dérby, em si, poucas vezes nos últimos tempos vi um Corinthians tão nervoso e tão sem criatividade. E isso refletia nas arquibancadas, na revolta de muitos torcedores corintianos- foi torcida única, como se sabe- contra o técnico Cristóvão e contra o presidente Roberto de Andrade. Era uma bola de neve de tensão, do campo para a arquibancada, da arquibancada para o campo, passando também para o camarote presidencial.
Sem nada a ver com isso, o Palmeiras nem precisou atuar de forma exuberante, mas com correção e marcação forte- o que lhe permitiu ser melhor no primeiro tempo (marcou logo aos 4 minutos de jogo, com Moisés, de cabeça aproveitando-se do rebote de Cássio) e ainda mais na etapa final, depois de o Corinthians ameaçar uma reação- na base da correria, da vontade apenas-, efêmera, pois a turma palmeirense criava chances de gol e defendia-se bem. Para piorar para o lado corintiano, Léo Príncipe recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso.
Uma vitória indiscutível.
E o autor do segundo gol palmeirense, desta vez com o pé, foi o melhor jogador em campo, em minha opinião: Mina, um senhor zagueiro, verdadeiro paredão em sua área e um perigo mortal na área do adversário- já marcou contra o Santos, contra o São Paulo e agora contra o Corinthians. Guardadas as devidas proporções, fez lembrar o melhor zagueiro- artilheiro que vi jogar, Luís Pereira.
Além de Mina, destaco as atuações de Edu Dracena, Moisés e Gabriel (primeiro tempo). Os outros complementaram bem o time. No Corinthians, sinto muito, não me lembro de quem tenha merecido destaque. Ou melhor: Gustavo, sim, mas pelo lado negativo, pois disputou péssima partida.
Como curiosidade do velho Dérby, com essa vitória agora o Palmeiras não perde do Corinthians há seis jogos.
2- Cristóvão Borges foi demitido pelo Corinthians e sua saída, anunciada pelo presidente do clube, Roberto de Andrade em entrevista coletiva, 40 minutos após o jogo. Parecia inevitável: o clamor da torcida contra o técnico, os maus resultados (o time agora está em quinto lugar no Campeonato, podendo se distanciar ainda mais do G-4), o futebol do time que não convence. Quem haveria de resistir?
(Pelas cenas que vi na tevê, houve enfrentamento de torcedores que queriam invadir o setor da diretoria-um policial temia que fosse o gramado- cenas tensas, capazes de assustar, contidas pela polícia).
Mas Cristóvão não é o único culpado, pois cansou de falar em reforços (de nível) que não vieram e ainda perdeu jogadores importantes (Elias, por exemplo), sem contar o desmanche sofrido pelo time no início do ano, quando o técnico era Tite e não este Cristóvão que acaba de cair. Por enquanto, provavelmente até o fim do ano, assumirá Fábio Carille, auxiliar técnico.
Depois, ano que vem, fala-se em Roger Machado, mas poderá vencer a disputa Eduardo Baptista, que é filho de Nelsinho e desenvolve um belo trabalho à frente da Ponte Preta.
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