Gabriel Jesus, espetacular! Na bela estreia de Tite. E vítimas da violência
1- Até começar a decidir o jogo, lá pelos 25 minutos do segundo tempo, Gabriel Jesus tinha uma boa estreia, com muita movimentação. Mas daquele lance em diante, quando, lançado pela esquerda, contornou o zagueiro, fintou o goleiro equatoriano e por ele foi derrubado- no pênalti que Neymar converteu em gol-, Gabriel tornou-se decisivo, endiabrado, espetacular!
Que estreia na seleção principal para um jovem de 19 anos! Seguindo sua obra, marcou o segundo gol brasileiro, ao escorar, de calcanhar, mandando a bola para o fundo das redes do Equador, depois de belo centro de Marcelo, vindo da esquerda. Pegou ainda mais confiança e, já no finzinho do jogo, mandou no ângulo, depois de receber a bola de Neymar. Resumo da ópera da estreia do menino-craque: um pênalti sofrido, um gol de calcanhar e outro no ângulo.
Qual nota mereceria um jogador capaz de decidir uma partida que se supunha difícil, lá na altitude de Quito (2.850 metros), em apenas 20 minutos? Nota 10, creio. E com louvor!
2- Bem, foi a estreia de Tite no comando da Seleção Brasileira. Melhor impossível. Convocou os jogadores, teve não mais do que três dias de treino e conseguiu vencer por 3 a 0 um Equador que vinha bem nas Eliminatórias, jogando em Quito- local onde o Brasil não ganhava há 33 anos, talvez em função da altitude. Montou uma equipe ao seu estilo, com marcação cerrada e jogando em bloco, a ocupar os espaços. Deu a braçadeira de capitão ao zagueiro Miranda, acreditou em seu velho conhecido Paulinho, ofereceu liberdade a Neymar e, creio, teve a perspicácia de encher Gabriel Jesus de confiança (Tite sempre o elogiou, antes até dos Jogos Olímpicos) ao lhe dar a camisa número 9, emblemática para artilheiros ou candidatos a goleadores.
Depois de um primeiro tempo equilibrado- mas morno, com poucas chances de gol- modificou a maneira da equipe jogar com uma substituição: saiu Willian e entrou Phillipe Coutinho. Este, além de ser habilidoso, abriu espaços pela esquerda do ataque, ao se deslocar para o meio e permitir que Gabriel Jesus surgisse por ali. Além disso, recuou um pouco Casemiro para ficar mais perto de Marquinhos e Miranda, soltando, assim, o lateral-esquerdo Marcelo, que tem no apoio o seu ponto forte.
E o Brasil fez um segundo tempo muito bom, bem superior ao primeiro, para quebrar o tabu de 33 anos, vencer por inesperado placar de 3 a 0 e iniciar sua recuperação nas Eliminatórias, competição na qual não vinha bem.
O que mais pretender da estreia de Tite?
3- Vitimas da violência daquela briga sem sentido de torcedores (?) do Palmeiras e do Flamengo, em Brasilia, não foram apenas aqueles que se machucaram. Foram também os clubes, Palmeiras e Flamengo, punidos com uma série de ítens a eles prejudiciais (detalhes no Uol) e também aos torcedores que, na boa, pretendessem ver os jogos de suas equipes quando visitantes. A violência não pode ser tolerada.
Mas é preciso que os briguentos entendam, também, que estão a prejudicar seus clubes e que impediram, assim, os outros, pacíficos, do sagrado direito de torcer e vibrar com civilidade: "Dos males o menor, mas não podia passar em branco"-me dizia o amigo André Tessitore, palestrino até o fundo da alma. "Eu quero gritar gol, na paz, sem confusão e com alegria"-arrematou.
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