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Blog do Roberto Avallone

Seleção Brasileira, show de bola e 6 a 0! E agora, a grande final

Roberto Avallone

17/08/2016 15h58

Foto: Reuters

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1- Foi uma típica exibição que satisfaz e dá esperança pelo inédito ouro olímpico: não só pela goleada (6 a 0!)  diante de Honduras, mas pelo futebol bem jogado, pela solidariedade do time, pela raça, pela vontade de vencer. Como já fomos em outros tempos. E também pelos valores individuais, com Neymar liderando a turma, marcando o gol mais rápido na História da Seleção Brasileira, principal ou olímpica, aos 14 segundos: com Gabriel Jesus desencantando, autor de dois golaços: com renato Augusto coordenando meio-campo; com Luan polivalente.

O time inteiro foi bem. Mas a maior lição foi a de que se pode jogar com vários atacantes-no caso, 4, (Luan, Gabigol, Neymar e Gabriel Jesus), desde que eles ajudem na marcação e lutem contra os adversários na saída de bola para que o meio-campo e a defesa não fiquem expostos. Até agora,ao longo da competição, o Brasil não levou um gol sequer.

Ah, mas poderão perguntar "quem é Honduras no futebol?", o que não chega a ser uma verdade, pois, embora não seja nenhuma grande potência, reconheçamos, vinha fazendo, no entanto, uma campanha digna e foi capaz de mandar os argentinos de volta para casa, eliminando-os da Olimpíada. Não é tão fraca, portanto. Desta vez, o Brasil ganhou e jogou bem e bonito, o que nos dá o direito  de sonhar com bela figura na grande final dos Jogos Olímpicos 2016.

Resta, porém, o alerta de uma velha máxima do futebol que diz que "cada jogo é uma história".  A vitória de hoje anima, mas não garante a vitória no sábado. É preciso, pois, evitar o oba-oba, o otimismo exagerado, o salto alto.

Foto: Reuters

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2- E, como se esperava, será a Alemanha a outra finalista que medirá forças com o Brasil, na grande final do futebol masculino, que valerá a medalha de ouro: os alemães ganharam da Nigéria, 2 a 0 (gols de Klosterman e Petersen) e levaram poucos sustos. Evidentemente, é uma boa equipe: com marcação compacta, muita movimentação- por exemplo, Klosterman, lateral-esquerdo fez o primeiro gol como se fosse um ponta-e a tradicional determinação alemã.

Não é por acaso que os alemães têm o melhor ataque da competição até agora, 20 gols marcados em cinco jogos e que golearam, por exemplo, Portugal por 4 a 0. Os números não mentem.

Mas não são exatamente verdadeiros se comparadas as exibições que levaram brasileiros e alemães até à final:pelo que se viu, neste momento, o Brasil tem muito mais bola do que a Alemanha, especialmente no talento dos jogadores de ataque- Luan, Gabigol, Neymar e Gabriel Jesus- e tem muitas chances de levar a medalha de ouro. No futebol não existe certeza absoluta e o tal do "já ganhou" é sempre perigoso.

Só que, desta vez,estamos a um passo da medalha inédita. E é bem possível que ela esteja no peito do time do Brasil.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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