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Blog do Roberto Avallone

Seleção, uma goleada para reanimar

Roberto Avallone

11/08/2016 01h02

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ah, esta goleada foi de reanimar, para dar a esperança  ao que parecia perdida depois de duas péssimas partidas – empates sem gol – contra África do Sul e Iraque. Desta vez, foi diferente; não só pelo placar de 4 a 0- dois gols de Gabigol, um de Gabriel Jesus e o outro de Luan, como principalmente pelo futebol solidário, ofensivo e cheio de disposição da Seleção Brasileira Olímpica diante de uma Dinamarca atônita e sem reação. 4 a 0! E poderia ter sido mais.

O que mudou na Seleção neste jogo? Em primeiro lugar, a postura, pois não se viu clarões entre defesa, meio- campo e ataque como no começo da competição. Foi um time compacto, que ocupou os espaços e que também soube jogar "à brasileira", isto é, pelas pontas: assim atuou Luan, um dos destaques do time, misto de armador e de ponta-direita, cruzando para Gabriel Jesus fazer o segundo gol e ele mesmo, Luan, balançando as redes; pela esquerda, o lateral Douglas Santos fez as vezes do ponta canhoto, centrando, com sucesso, para os dois gols de Gabigol.

E o que mais? Bem, tivemos um Neymar diferente, jogando para o time, com a seriedade de um organizador de jogadas perto da área e com a liderança de orientar os mais jovens, sem ficar preocupado demais com o próprio brilho, trocando o individualismo pelo jogo coletivo; também tivemos um Renato Augusto como em seus melhores dias, a dominar o meio-campo e, de surpresa, surgir infiltrado na área, como um atacante; e Gabigol e Gabriel Jesus sempre à espreita do arremate fatal, oportunistas que são.

Mas o time inteiro foi bem, mesmo sem o destaque dos acima citados. Quer dizer: o Brasil jogou um futebol solidário e coletivo, achando, quem sabe, o seu melhor jeito de atuar, mesmo com quatro atacantes- Luan, Neymar, Gabigol e Gabriel Jesus-, atacantes que não guardavam posição fixa e se transformavam em defensores quando perdiam a bola.

Se jogar sempre assim, esta Seleção pode ir longe. Com firmeza, mas sem euforia, sem oba-oba, pois a caminhada pode ser longa e já no sábado à noite, tem a Colômbia pela frente.

Fica, pelo menos, a esperança de novas belas exibições.

Foto: AP

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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