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Blog do Roberto Avallone

"Palmeirenses" (?) contra o Palmeiras. E a Seleção de Tite

Roberto Avallone

16/06/2016 02h47

Foto: Cesar Greco / Fotoarena

Foto: Cesar Greco / Divulgação

1- Nesta quarta-feira, aconteceu de novo: o Palmeiras vencia o Coritiba por 2 a 1, já eram 43 minutos do segundo tempo e o Coritiba não mostrava nenhuma força para evitar a derrota. De repente, do lado da torcida do Palmeiras acenderam sinalizadores- não sei quantos- e o árbitro, Daronco, seguindo o que é determinado, interrompeu a partida, dando, ainda seis minutos de acréscimos.  E daí?

E daí, como disse o técnico Cuca, em tom de lamento, a interrupção do jogo causada por alguns torcedores do Palmeiras foi responsável direta por sua equipe não ter vencido: "Virou outro jogo"- resumiu. E é verdade: quem joga ou jogou futebol ou  conhece o assunto pela vivência sabe que esfriar a partida e ter ainda bons minutos a disputar, modifica o ritmo do jogo e é capaz de reanimar a equipe que está quase derrotada.Prejudica, é claro, quem estava na frente. E pode dar confusão lá na frente nos tribunais.

Não é a primeira vez neste Campeonato Brasileiro que "palmeirenses", mesmo em pequeno número, prejudicam o Palmeiras. Pois não foi assim em Brasilia, quando o Palmeiras venceu- e jogando bem- o Flamengo, mas teve a vitória manchada por um grupo de torcedores que entraram em conflito com os do Flamengo, contrastando com o clima das cadeiras onde palmeirenses e flamenguistas desfrutavam a paz e o prazer de verem futebol?

Resultado: ambos os clubes foram punidos, o Palmeiras obrigado a jogar de portões fechados(o que significa também prejuízo financeiro) uma partida e a pagar multa de 80 mil reais; o Flamengo punido com a perda do mando de campo por um jogo(mas pode ter torcida) e mais multa de 50 mil reais. Esses torcedores não se importam em prejudicar seus próprios clubes? Isso é amor?

Estultice à parte, no caso do jogo desta quarta, o Palmeiras começou melhor do que o Coritiba, fez um belo gol (Roger Guedes), mas depois, no primeiro tempo, perdeu o domínio do meio-campo e falhou demais nas bolas altas- foi assim que o Coxa empatou, com João Paulo. No segundo tempo, mais uma vez com a entrada de Cleiton Xavier, o Palmeiras retomou o meio-campo e perdeu alguns gols e encontrou o que seria o dia vitória, com Cristaldo, de cabeça, em bonito"peixinho". Normalmente, não aconteceria mais nada no jogo. Mas a interrupção e mais os acréscimos, pelos sinalizadores, reanimou o Coritiba e Leandro, quase da entrada da área, acertou o canto esquerdo de Prass. 2 a 2.

Quem paga o prejuízo?

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

2- Curioso é que coube ao chateado presidente do Corinthians, Roberto Andrade, divulgar que Tite aceitou mesmo o convite para dirigir a Seleção Brasileira. Como era esperado. Mas Roberto queixava-se de não ter recebido um telefonema sequer de quem de direito da CBF para conversar sobre o assunto.

Tecnicamente, bastidores à parte, creio que era mesmo a hora de Tite ir para a Seleção, depois de tudo que já conquistou no Corinthians, de Campeonatos Brasileiros, Libertadores ao Mundial de Clubes. Evidentemente que, se possível, o ideal seria Guardiola, mas, entre os brasileiros, por méritos, o lugar pertence a Tite. O que não quer dizer, também, que se trata da salvação da lavoura, pois Tite me parece que é treinador para montar time aos poucos, com cuidado, métodos e o seu jeito detalhista de ser. Não é de improvisar e nem de tirar coelho da cartola.

Tite não é garantia absoluta de sucesso, pelo menos a curto prazo. Mas é competente, trabalhador e merece a chance de tentar melhorar um futebol que está longe dos gloriosos tempos passados, tanto em termos de administração como em campo mesmo, sem os jogadores protagonistas que já tivemos.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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