Simeone na final, Guardiola fora: algo mudou no futebol
Com todo o respeito a Simeone e ao seu belo trabalho à frente do Atlético de Madrid, mas Guardiola é Guardiola e o Bayern de Munique está cotado entre os três melhores times do mundo, ao lado de Barcelona e Real Madrid. E foi eliminado em casa, embora vencesse o jogo por 2 a 1, pelo intrépido Atlético que ousou fazer um gol fora de casa e ainda desperdiçar um pênalti- cobrança de Fernando Torres, defesa de Neuer.
Diga-se que o Atlético já chegou antes à final da Champions. É verdade. E que no Campeonato da Espanha está empatado em número de pontos com o Barcelona e um ponto à frente do Real Madrid, quer dizer emparelhou com os dois gigantes que têm orçamento bem maior para seus elencos. Agora, depois de eliminar o Barça, o Atlético eliminou também o Bayern. Que façanha!
Sim, grande façanha. Mas significa que o futebol mudou- e vejam na Inglaterra o êxito do Leicester, campeão inglês pela primeira vez em sua história, com orçamento quase dez vezes menor do que o do Chelsea.
Enfim, está levantada a tese de que só jogador medalhão não resolve; não se o jogador-medalhão ou não- faltar com a intensidade, com a gana de vencer cada disputa de bola ou se tiver menos velocidade como manda o figurino do futebol moderno.
Creio ter chegado ao fim a figura do craque habilidoso, mas de mãos na cintura, às vezes preguiçoso. O futebol moderno- que tem origem no Carrossel Mágico holandês e guiado por Cruyff na Copa do Mundo de 1974- ainda tem aquela base mas novas facetas, como o vigor, a velocidade e intensidade.
O futebol agora é outro. Aí estão o Atlético de Madrid e, no dia anterior, o Leicester, para que ninguém se iluda apenas com estrelas. E sim com estrelas laboriosas.
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