Topo

Histórico

Categorias

Blog do Roberto Avallone

Tite, Cuca, Bauza: o jogo dos técnicos

Roberto Avallone

16/03/2016 00h04

Foto: Arte/Montagem

Foto: Arte/Montagem

Os três já ganharam a Libertadores: Tite, pelo Corinthians; Cuca, pelo Atlético Mineiro; Bauza pela equatoriana LDU e pelo time do Papa, o San Lorenzo. Eu disse ganharam? Sim, pois embora estes senhores não driblem e nem arrematem a gol, podem ajudar muito desde a escalação- escolher os melhores e os mais adequados- até a criação de jogadas e de como ocupar os espaços do campo.

Tite tem o hábito de compactar seus times- o que foi revelado ao futebol do mundo pela Holanda, desde a Copa do Mundo de 1974- e exigir de seus jogadores a máxima intensidade. Autor de um trabalho magnifico no ano passado, campeão brasileiro com sobras, viu-se atingido pelo desmanche da equipe logo no começo da temporada, mas com alguns reforços e promoções (o garoto Maycon, 18 anos, é um exemplo) vai tentando recompor o time, senão com a qualidade anterior, pelo menos com a boa postura em campo. Nesta noite de quarta-feira, enfrentará o Cerro Porteño, que venceu o Corinthians na semana passada e está um ponto à frente na classificação.

Como o jogo é na Arena corintiana, é provável que a liderança seja recuperada.

Virando o jogo, no Palmeiras Cuca terá mais um dia de espera para fazer a sua estreia. E logo contra o Nacional de Montevidéu, time sem grande brilho, mas que na semana passada em pleno Allianz Parque venceu o Palmeiras- mesmo com um jogador a menos- e derrubou o técnico Marcelo Oliveira. Cuca já está lutando, como de hábito: segundo os que viram o treino desta terça-feira, ele interferiu no posicionamento nas bolas paradas, nos contra-ataques, na cobrança dos laterais… Em tudo. Este é o Cuca que se espera: inquieto, dinâmico, exigente. Se vai conseguir reverter a situação no Uruguai, não sei; mas Cuca é o grande trunfo para fazer os jogadores estarem no máximo de suas possibilidades na quinta-feira. Dependerá deles, é certo.

E inda pela Libertadores, compondo o Trio de Ferro paulistano, encontramos Edigardo Bauza, o "Patón", às voltas com o seu São Paulo em busca de esperanças lá na Venezuela. A viagem foi dura, mais de 20 horas. Mas nada parece abalar Bauza, um ex- zagueiro artilheiro, homem do semblante fechado, mas que consegue se mover com cavalheirismo; seria melhor se os resultados ajudassem, o que não vem acontecendo, e "Patón" terá de se virar sem Calleeri, sem Michel Bastos, tendo apenas um único ponto ganho.

Pode ser nesta noite de quarta, Bauza, pode ser. Afinal de contas, a equipe do Trujillanos até agora não assustou ninguém. Assustaria alguém como Bauza, que já levantou por duas vezes o caneco da Libertadores?

Não creio.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Blog do Roberto Avallone