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Blog do Roberto Avallone

Do vexame do São Paulo à estrela de Mestre Tite

Roberto Avallone

18/02/2016 02h38

Foto: Mauro Horita

Foto: Mauro Horita

1- Foi uma zebra daquelas! E um vexame do São Paulo que ninguém esperava. Com que então, um time recheado de estrelas- embora não venham jogando à altura- o São Paulo foi capaz de perder do boliviano Strongest, cuja equipe não vencia uma partida fora de casa há 35 anos? Repito: 35 anos! Como será lá nas alturas de La Paz, onde oponente do tricolor costuma se dar bem, tendo como fiel aliada a altiude?

Sei lá. Senti muita preocupação no técnico Bauza, no líder Lugano que estava no vesitário com o olhar arregalado, creio que de surpresa. Não é fácil entender as razões do insucesso. Quem tem jogadores renomados como Ganso, Michel Bastos, Calleri, etc., não pode jogar tão mal, levar bola na trave e, finalmente, o gol de Alonso, de cabeça, num sugestivo "peixinho". Strongest, 1 a 0. Acredite.

O São Paulo não vem jogando bem, com sérias falhas na defesa e dificuldades em criar jogadas, tanto que venceu apenas por 1 a 0 o fraquissimo César Vallejos e ainda no domingo levou uma sapecada de um Corinthians pós desmanche, 2 a 0.

No papel, o São Paulo até parece que tem bom elenco. Mas na prática, no campo, isso está longe de se confirmar.

Foto: Daniel Augusto Júnior

Foto: Daniel Augusto Júnior

2- Para dizer a verdade, o jogo foi muito ruim. Como o campo, no deserto do Chile,na ainda existente cidade de El Salvador. Mas quem tem estrela e competência dá um jeito: o péssimo Corinthians do primeiro tempo, depois da mexida de Tite malhrou na etapa final e achou o seu gol aos 45 minutos do segundo tempo, em cruzamento rasteiro de Lucca que o zagueiro Escalona mandou para as próprias redes.

E quais foram as mexidas de Tite na etapa final? Começu com a entrada de Giovanni Augusto no lugar de Romero, prosseguiu com André indo fazer o pivô no comando do ataque e terminou com Willians no posto de Elias, que deve ter sentido alguma coisa. Pois se Giovvani nem foi brilhante, o trabalho de André possibilitou a Lucas jogar mais pela direita, enquanto Willian, forte na marcação, foi o responsável por começar a jogada do gol.

Não é fácil  acontecer o que Tite vem fazendo, pegando um time desmanchado, montar outro e ir vencendo, vencendo, vencendo… Disparado é, hoje, o melhor técnico do Brasil. E, convenhamos, o de mais sorte, da estrela mais reluzente que parece acompanhar seus passos. Até no deserto, contra o Cobresal, no último minuto.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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