Corinthians: empate providencial. Palmeiras: um desastre! Santos: enfim, o G4
1- O Corinthians dominou o primeiro tempo, é verdade. Mas a Ponte Preta foi a senhora da etapa final, pois não? O fato é que o Corinthians saiu na frente (gol de Jadson), no segundo tempo a Ponte virou (Elton e Felipe Azevedo) e o inesperado herói corintiano, Rodriguinho, de pé esquerdo empatou o jogo com 7 um golaço: 2 a 2.
O curioso é que Rodriguinho entrou no segundo tempo, Danilo também saindo dois craques, Elias e Jadson, o que fez Tite comemorar com a mão no ouvido, como se desafiasse os que devem tê-lo criticado a repetir as críticas. Mais uma vez, Tite acertou, mesmo tirando dois pilares da equipe líder do Campeonato. O empate deixou o Atlético Mineiro a cinco pontos de distância, claro que melhor do que os quatro pontos que se insinuavam, caso a derrota corintiana fosse consumada.
Ficou evidente o quanto é difícil vencer o Corinthians no Campeonato Brasileiro, mesmo jogando o que a Ponte jogou no segundo tempo e a equipe corintiana sem os laterais Fagner e Uendel (ou Guilherme Arana), pois tem esse time algo que lhe dá equilíbrio contra qualquer adversário: um excelente meio- campo, formado por Ralf, Elias, Renato Augusto e Jadson, além de o técnico Tite estar sempre firme e confiante em suas decisões.
Foi, sim, por várias razões, um empate providencial.
2- A humilhação sofrida pelo Palmeiras diante da Chapecoense, quando foi derrotado por 5 (cinco!) a 1, pode ser classificada de várias maneiras: de vexame, de vareio da Chapecoense, de desastre… Creio que desastre é mais apropriado. Ora, o Palmeiras lutava pelo G-4 e a Chapecoense para fugir da zona do rebaixamento, sendo que nesta partida o mar virou setrão e o sertão virou mar. Só deu Chapecoense.
Os jogadores palmeirenses davam a impressão de terem entrado em campo depois de devorarem suculenta feijoada (o que não aconteceu, é claro), enquanto os rapazes de Chapecó pareciam jogar a vida em campo, se necessário. Ah, mas o Palmeiras estava extenuado pelo jogo corrido contra o Inter pela Copa do Brasil? Pois um dia depois, na quinta-feira, mesmo atuando com dez jogadores a partir de certo momento, a Chapecoense empatou com o Libertad e classificou-se nos pênaltis pela Copa Sul- Americana. Não deve ter sido menos desgastante.
Não há desculpa alguma. E talvez nem explicação.
Como também não foi explicado o lance mais polêmico do jogo, quando Egídio foi expulso por suposta falta em Wiliam Barbio e, quatro minutos depois, a arbitragem voltou atrás. Defendo a tecnologia no futebol e não sei se foi por essa razão que a expulsão foi cancelada (atualmente, recurso tecnológico é proibido), mas menos mal, no caso, que a injustiça não foi consumada: o bandeirinha Boschilia não assinalou a falta e a câmera da tevê mostrou que Egidio (ou Avenida Egídio) não fez falta e nem merecia expulsão.
E ainda por cima, Arouca saiu de campo no primeiro tempo, queixando-se de dores no joelho.
Foi uma noite dura de esquecer.
3- Bem que o Santos já vinha fazendo por merecer. Desde que passou a ser comandado por Dorival Júnior, voltou a exibir sua tradicional vocação ofensiva, tem obtido vitórias por larga margem de gols e, enfim, está no G-4. O que não acontecia desde 2010.
Neste domingo, o Santos surrou o Fluminense por 3 a 1- o primeiro deles em falha incrível de Diego Cavalieri que chutou em cima de Lucas Lima, que talvez nem tenha visto a bola entrar nas redes: o placar foi completado por Marquinhos Gabriel, Neto Berola e Robert.
E o Santos vem jogando sem Geuvânio, um de seus melhores jogadores, mas tem uma incrível disposição ofensiva, Lucas Lima e Gabigol em grande fase e vive um dos mais eficazes trabalhos de Dorival Júnior nos últimos tempos.
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