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Blog do Roberto Avallone

Corinthians, hora de encomendar as faixas? Choque- Rei: desfecho inesperado. Vasco: reação heroica

Roberto Avallone

28/09/2015 00h45

Foto: Eduardo Valente

Foto: Eduardo Valente

1- Sim,  já se conhece desde o fim do século retrasado,  quando foi inventado oficialmente, que o futebol não é ciência exata, que tudo pode acontecer, coisa e tal. Mas pelo andar da carruagem, deixando de lado o politicamente correto, quem é que vai tirar do Corinthians o título de campeão brasileiro de 2015? Sem ter o brilho dos esquadrões, mas dotado de belo meio-campo e de respeitável espinha dorsal (os zagueiros, os volantes, os meias e lampejos no ataque), o Corinthians vai vencendo- já tem 70 por cento de aproveitamento- e vendo os concorrentes em tropeços múltiplos.

Neste domingo, enquanto vencia o Figueirense, em Floripa, por 3 a 1- gols marcados pelos três que irão para a Seleção, Elias, Gil e Renato Augusto- o Corinthians também vibrava com o empate do Atlético Mineiro diante do lanterninha do Campeonato, o Joinville, por 2 a 2.

E agora são 7 os pontos que separam o líder do vice Galo, o que já é considerável- embora não seja nada definitivo- mesmo que ainda faltem dez rodadas, ou seja, 30 pontos em disputa. Diante da regularidade da campanha corintiana, mesmo com todo o respeito à matemática e ao "Imponderável Futebol Clube", talvez já coubesse ao líder o direito de encomendar as faixas. Em sigilo, é claro.

Foto: Ale Vianna

Foto: Ale Vianna

2- Nem o mais pessimista torcedor do São Paulo ou o mais otimista torcedor do Palmeiras, ah, nenhum deles, creio, esperava outro resultado se não a vitória do tricolor naquele momento: já eram 47 minutos e meio do segundo tempo, o que mais poderia acontecer naquela partida, com a bola nos pés de Rogério Ceni?

Pois aconteceu de tudo. Sei lá por obra de quem-há palestrinos que atribuem o fato a San Gennaro-, não é que o mítico goleiro do São Paulo chuta a bola, bem no pé direito de Robinho que, da entrada da área, o vence por cobertura e empata em 1 a 1 o Choque- Rei?

Viu-se que o São Paulo tinha jogado melhor do que o Palmeiras- especialmente no primeiro tempo- e aquele 1 a 0, gol marcado por Carlinhos (que é canhoto) de pé direito, tinha todo o jeitão de ser o placar definitivo. O jogo estava nos acréscimos…

Mas aconteceu o que já foi descrito acima e o que parecia desgostar o Palmeiras por sua má atuação, virou-se contra personagens do São Paulo, entre eles o treinador Juan Carlos Osorio que foi criticado-segundo leio- pelo vice de futebol tricolor, Ataíde Guerreiro, por suas recentes declarações. E o empate, segundo Guerreiro, foi classificado de "catastrófico" e duro de explicar na reunião do Conselho Deliberativo do clube, onde a pressão sobre Osório pode aumentar- embora, antes do jogo, o presidente Carlos Miguel Aidar tenha amenizado o efeito das palavras do técnico.

Só por uma questão de justiça, é bem que se diga que se o resultado foi ruim, o desempenho do tricolor foi satisfatório. Até aquela falha letal, no fim do jogo.

Quanto ao Palmeiras, que vinha jogando bem até disputar mal o Choque- Rei é preciso saber a razão de tantos passes errados e por que vários jogadores, ao mesmo tempo, estiveram abaixo da média. O Inter, creio, jogará toda a temporada na partida da quarta-feira.

Em minha opinião, entre os palmeirenses, apenas quatro jogadores estiveram bem (Pras, Vitor Hugo, Thiago Santos e Robinho- pelo gol e pelo cabeceio no travessão), nada se criando na armação e o ataque- Lucas Barrios, Gabriel Jesus e Rafael Marques- em nada se parecendo com o perigoso setor de outras partidas.

Sinal de alerta, pois na quarta-feira tem o Inter, pela Copa do Brasil.

Foto: André Durão

Foto: André Durão

3-Mais para registrar: impressionante a reação do Vasco no Campeonato Brasileiro, assim como é espantoso o rendimento contra o arquirrival Flamengo, batido neste domingo, de virada, por 2 a 1. Se continuar assim, o Vasco até escapa do rebaixamento- o que seria impensável, pela produção da equipe, há cinco ou seis rodadas .

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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