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Blog do Roberto Avallone

Gabriel Jesus, um gol de lágrimas e alivio

Roberto Avallone

16/07/2015 01h29

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

As lágrimas foram dele mesmo, Gabriel Jesus, jovem de 18 anos, que ainda não tinha marcado nenhum gol desde que fora promovido ao grupo de profissionais do Palmeiras. Antes, não, as redes eram suas conhecidas quando jogava no time sub-17 do clube, quando cultivava média impressionante de gols por partida.

E o alivio foi quase que geral para os palmeirenses: para a torcida, que talvez se lembrasse ainda da zebra que o Asa de Arapiraca foi contra o Palmeiras ou mesmo agora, em maio, quando arrancou empate de zero a zero no Allianz Parque; para o técnico Marcelo Oliveira, que temendo problemas físicos de seus jogadores, escalou, de comum acordo com opiniões de preparadores e de fisiologista, um time quase todo reserva (apenas Fernando Prass e Vitor Ramos dos titulares) para garantir a classificação. De repente, o jogo estava duro, o gol não saía, teria de decidir a vaga na decisão por cobrança de pênaltis?

O perigo estava no ar.

Até que, depois de jogada bem trabalhada, Gabriel Jesus colocou fim ao sofrimento e às criticas que com certeza viriam se os reservas não fossem suficientes para classificar o Palmeiras diante do Asa: Gabriel Jesus tocou para Dudu, que abriu para Cleiton Xavier, na direita; Cleiton centrou rasteiro e Gabriel jogou-se no chão, de encontro à  bola, arrematando para o fundo das redes.

E aí o menino chorou, caminhou de olhos quase fechados, era o seu jeito, quem sabe de inaugurar uma nova era: " E fechei os olhos de vergonha. Tinha caído uma lagrima"…- disse Gabriel aos repórteres que foram entrevista-lo. Pode ter saído um peso enorme de suas costas.

Quanto ao jogo em si, o Palmeiras disputou com o Asa um péssimo primeiro tempo, culpa também do péssimo estado do gramado. Eu disse também, pois como é que o time no segundo tempo, com   Gabriel Jesus no lugar de Leandro e a entrada de Dudu melhorou tanto? Ah, e teve também a mudança de Cleiton Xavier para volante, com liberdade de atacar, tanto que ele participou- e bem- do gol que deu a  vitória ao seu time. 1 a 0.

Neste caso, méritos também para o técnico Marcelo Oliveira.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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