A pior noite de Neymar. E a primeira derrota de Dunga
Não me lembro de ter visto Neymar tão mal quanto nesta derrota para a Colômbia, por 1 a 0 (gol de Murillo): errava os dribles, os chutes e parecia não ter nenhum controle sobre seus nervos, tanto que tentou desferir uma cabeçada em um adversário, foi empurrado por trás e levou o cartão vermelho.
Ah, antes já tinha levado um cartão amarelo que já o tiraria do jogo contra a Venezuela. É muito, pois não?
Por coincidência, a péssima noite de Neymar coincide com fatores extracampo, pois ele virou réu na Espanha (a Justiça espanhola acatou as denúncias) por supostas irregularidades em sua transferência para o Barcelona, o que deve no mínimo causar dor de cabeça a ele a ao seu estafe.
Tudo isso, mais o fim de uma temporada estafante, onde Neymar ganhou tudo com o Barcelona, é capaz de tirar o jogador do sério, ainda mais se ele tem, como se sabe, a incumbência de carregar a Seleção nas costas. Nem Pelé sentia tanto peso, pois seus companheiros também tinham lá as suas qualidades e quando o Rei não pode estar em campo, na Copa do Mundo de 1962- por coincidência no Chile onde se disputa a Copa América- tivemos um Mané Garrincha infernal e um Amarildo em grande fase para suprir a ausência do maior jogador.
E agora, quem temos para compensar a falta de Neymar?
O erro está aí, a "Neymar-dependência". Foi assim contra a Colômbia. A Seleção Brasileira jogou muito mal e como não tinha um Neymar em condições plenas para enfrentar, a Colômbia foi dominando o meio-campo, levando o jogo na manha e até mereceu vencer. Ou, se o amigo preferir, o Brasil mereceu perder.
Simples assim. E lá se foi a invencibilidade da nova Era Dunga, técnico que tinha 11 vitórias em 11 jogos. Números impressionantes, mas que nem sempre vinham acompanhados de bom futebol. E que eram conseguidos na conta de Neymar.
Se Neymar for punido, como será? Que o futebol brasileiro aprenda a não depender mais de um só craque.
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