Topo

Histórico

Categorias

Blog do Roberto Avallone

Palmeiras, de virada. Seleção: vitória de Neymar. E o adeus ao grande líder

Roberto Avallone

15/06/2015 06h14

Foto: Marco Ribolli

Foto: Marco Ribolli

1- Disputando um bom segundo tempo, o Palmeiras venceu o Fluminense, de virada (2 a 1) e saiu da zona do rebaixamento para o décimo-segundo lugar no Campeonato Brasileiro. A vitória foi justa, pois o Flu foi encurralado na etapa final e teve duas expulsões justas- Magno Alves por ter desferido um pontapé em Gabriel e Gum (no lance que originou o gol da vitória, no finzinho do jogo) ter colocado a mão na bola na entrada da área.

É verdade que o Fluminense jogou sem Fred, Vagner e Wellington Silva, mas essa competição é assim mesmo, desfalques para todos os lados e prevalece a força dos elencos. O Flu saiu na frente com um chute forte, de fora da área, de Jean, ficando, depois, encolhido e arriscando no contra-ataque. No último minuto do primeiro tempo, no entanto, Cleiton Xavier (que nada fizera até então), bateu um escanteio perfeito, de curva, para Rafael Marques, na primeira trave, de codtasd para o gol, empatar o jogo.

E na etapa final, já com Alecsandro em campo- no lugar de Zé Roberto, que não estava bem- para ser o homem de referência ao ataque, o Palmeiras virou um furacão em cima do Flu, criando chances e mais chances de marcar. Estava afobado, porém. Aí entraram Robinho, no lugar de Cleiton Xavier, e Cristaldo, saindo Arouca. E coube ao argentino Cristaldo o gol da vitória, no finzinho do jogo: Egidio cobroua falta da entrada da área, Diego Cavalieri rebatu, Cristaldo cabeceou na trave e, no rebote, ele mesmo, de joelho, decretou a primeira vitória do Palmeiras em seu estádio neste Campeonato.

O que significou esse triunfo? Pode ter sido o começo de uma reação, da retomada da autoconfiança, em um Campeonato cheio de perigos e de jogos difíceis. E quais foram os destaques palestrinos? Em minha opinião, o melhor do time e do jogo foi o volante Gabriel, incansável na marcação e capaz de alimentar o ataque; em seguida, escolheria Rafael Marques, excelente cabeceador e sempre perigoso.

Quanto ao estreante Alecsandrro, diria que teve uma atuação discreta, mas com certa importância ao fazer o papel de pivô e ser o homem de referência do ataque, dentro da área. Como destaque negativo, o estado do gramado, que não condiz com a beleza do estádio.

Foto: AFP

Foto: AFP

2- Neymar, mais uma vez, salvou a Seleção Brasileira.Não foi boa a nossa estreia na Copa América, com futebol sem atacantes definidos e poucas chances de gols criadas. Enquanto resultado, porém, graças a Neymar o triunfo aconteceu- e de virada: logo aos dois minutos, Cueva fez 1 a 0 para o Peru; em seguida, aos quatro minutos, de cabeça Neymar empatou;.

E na etapa final, como sempre o melhor do time- embora não tenha apresentado atuação espetacular-, Neymar desequilibrou e decidiu o jogo. Depois de quase marcar um gol, cara a cara com o goleiro, a estrela da Seleção fez belíssima jogada pela esquerda- dentro de sua carcaterística- e descobriu Douglas Costa livre, encoberrto pelos zagueiros. Douglas finalizou com sucesso e decretou: Brasil2, Peru 1.

Curioso: o futebol da Seleção não empólga, mas esta equipe3 comandada por Dunga tem 11 vitórias em 11 jogos. 100 por cento de aproveitamento. Números nada desprezíveis, reconheçamos, embora deva ser maior a qualidade de nosso jogo.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

3- E lá se foi o grande Zito, aos 82 anos, levando com ele segredos do futebol e de liderança. Zito foi um dos melhores volantes de todos os tempos, que defendia e atacava com raça e sabedoria, bicampeão do mundo pela Seleção Brasileira e pelo Santos. Líder, explosivo, nem Pelé contestava a sua liderança e aceitava, com humildade, os gritos do capitão Zito. Insaciável ganhador: "Não se pode perder tantos gols como estamos perdendo. De jeito nenhum!"– bradou.

Sabe quando esse brado, segundo a lenda parcialmente confirmada quando estivemos juntos, há pouco mais de um ano, em um debate. Quando o Santos já vencia por 6 ou 7 a 0 no primeiro tempo e venceu o Botafogo de Ribeirão Preto de 11, 8 gols de Pelé.

 Arte/Montagem: Valéria Simeão

Arte/Montagem: Valéria Simeão

Não era cabeça-de-área e suas arrancadas tinham mais um suor generoso do que firulas, como aconteceu na final contra a Checoslováquia, em 1962, quando iniciou a jogada e aproveitou, de cabeça, mandando a bola para o fundo das redes, em nosso segundo gol. Gênio da transpiração. No Santos, várias vezes, trocava de posição com Mengálvio para, de surpresa, liquidar o inimigo. Além, é claro, de gritar com os atacantes e alimentar com precisão, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Quer dizer; a melhor equipe que vi jogar.

Depois de encerrar a carreira, Zito revelou-se grande garimpeiro de novos talentos, levando para o Santos, simplesmente Neymar. Isso, depois de ver Robinho, Diego e outros tantos.

Do jeito que sempre foi, é bem capaz de Zito, lá em cima, arrumar um time para comandar e vencer.

Quem há de duvidar?

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Blog do Roberto Avallone