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Blog do Roberto Avallone

Relatos Selvagens: o capítulo de La Bombonera

Roberto Avallone

15/05/2015 18h47

Ainda não vi o filme argentino Relatos Selvagens- mas irei ver- que me asseguram ser brilhante e que trata do limite do ser humano no dia a dia. Pois o que aconteceu na noite de quinta-feira na em outros tempos romântica "Bombonera" foi capítulo do quase limite de selvageria no futebol; não digo limite porque se não houver punição pesada o gás de pimenta lançado contra vários jogadores do River pode virar algo muito pior, tipo espancamento ou ataques à mão armada.

Estamos no limite?

O cenário para o Superclássico argentino, que já foi decidido na bola entre jogadores do Boca Juniors e do River Plate, foi preparado para a tentativa de conter a violência dos "barrabravas": torcida única para os jogos, só torcedores do River para partida do Monumental de Nuñes (deu River, 1 a 0) e apenas torcedores do Boca para esse jogo que teve apenas um tempo e nenhum gol.

Qual será a decisão da Conmebol neste sábado para o caso? Segundo o site do jornal argentino Clarin, informações que saíram de dentro da entidade dão conta de que o River será declarado vencedor por 3 a 0, e que o Boca terá punição ainda mais ampla, principalmente em relação ao seu estádio.

Mas a confirmação ou a decisão ficou para este sábado, às 14 horas, para se dar ao Boca um pouco mais de tempo para fazer a sua defesa, pois a perícia policial apontou que o "ataque com pimenta" veio de dentro do campo e não das arquibancadas. Partiu de quem?  Não se disse, pelo menos oficialmente.

Mas como só tinha torcedor do Boca e a ele pertencia o mando e a responsabilidade do jogo, torna mais fácil deduzir sobre quem é o Mordomo da história. Confesso que acreditava que a punição fosse anunciada nesta sexta, sem firulas e sem mistérios, para que o futebol não seja mais obrigado a conviver com essa violência que acaba com qualquer fantasia do torcedor mais romântico.

Meu Deus, a que ponto chegamos!

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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