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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras: finalista, na casa do Corinthians. Santos: finalista, nos erros do São Paulo

Roberto Avallone

20/04/2015 00h54

Foto: Michel Filho

Foto: Michel Filho

1- A impressão que se tinha na alegria de torcedores do Palmeiras era a de que o  time já tinha colocado a faixa no peito. O que é explicável: alguns meses depois de ter sido quase rebaixado, o Palmeiras foi à casa do Corinthians disputar uma vaga na final, jogou no mínimo de igual para igual, empatou a partida em 2 a 2 e com todo o tom dramático, venceu na decisão por pênaltis. 6 a 5.

E com duas defesas do goleiro Fernando Prass.

Esse clima épico de 1.800 torcedores palestrinos que estavam no estádio contra mais de 36 mil corintianos e mais a longa invencibilidade do Corinthians dentro de sua casa, ah, tudo isso parecia mesmo valer como um título. Ou como um grito de glória arrancado da garganta.

Quanto ao jogo em si, o castigo aconteceu para quem recuou. Primeiro, para o Palmeiras que, após fazer seu gol, aos 14 minutos, por Vitor Ramos, preferiu não mais avançar sua marcação e esperar pelo adversário. Resultado: levou a virada, na cabeçada de Danilo depois do centro de Jadson, e no gol especial de Mendoza que, de longe, acertou chute cruzado e rasteiro, no canto esquerdo de Prass.

No segundo tempo, no entanto, quando Oswaldo de Oliveira precisou improvisar (tarefa na qual foi muito bem), jogando Gabriel para a direita no lugar do contundido Lucas e, mais tarde, o atacante Kelvin na lateral-esquerda, já tendo em campo o talentoso Cleiton Xavier, o Palmeiras foi para o ataque, para o "tudo ou nada" e o Corinthians recuou.

Foi aí que por pouco o Palmeiras não empatou- chute de Dudu na trave esquerda de Cássio- o que viria acontecer em seguida com centro de Dudu e bela cabeçada de Rafael Marques- este, o atacante mais efetivo do Palmeiras.

Foto: Djalma Vassão

Foto: Djalma Vassão

Veio a decisão por pênaltis e o Corinthians parecia sair na frente, com o erro grosseiro de Robinho na primeira cobrança. A decisão foi indo, sem surpresas, até o primeiro vacilo corintiano: Elias cobrou muito mal e Prass defendeu com facilidade. Mais algumas cobranças, na sétima pelo Palmeiras o zagueiro Jackson marcou com categoria e, em seguida, Petros caprichou tanto, mas tanto, que obrigou Fernando Prass a uma magnífica defesa.

O drama tinha acabado.

Foto: Miguel Schincariol

Foto: Miguel Schincariol

2- Não há como se contestar a superioridade do Santos em sua vitória contra o São Paulo, 2 a 1 (gols de Geuvânio, Ricardo Oliveira e Luís Fabiano), na Vila Belmiro- o triunfo que o fez finalista do Campeonato Paulista para enfrentar o Palmeiras em dois jogos.

Enquanto o São Paulo fazia um papel burocrático, de passes e ações lentas, o Santos mais parecia um furação em seus contra- ataques comandados por Robinho, Geuvânio e Lucas Lima. O primeiro gol nasceu de arrancada fulminante de Geuvânio que, apanhando a bola em sua intermediária, foi fazendo uma fila de tricolores até chegar em ponto suficiente para chutar e vencer Rogério Ceni.

No segundo tempo, o Santos continuou mandar no jogo, Ricardo Oliveira chutou um gol certo na trave, mas ele mesmo, minutos após, aproveitou centro de Chiquinho (que surgiu totalmente livre, pela esquerda) para escorar a bola e manda-la para o fundo das redes.

Foto: Miguel Schincariol

Foto: Miguel Schincariol

O Santos foi perdendo Geuvânio, depois Robinho, mas dava a impressão de que mesmo assim chegaria ao terceiro gol. De surpresa, Luís Fabiano recebeu a bola de Pato, em posição duvidosa, e girou para marcar o gol de honra tricolor.

Não poderia querer mais. O Santos era finalista, com toda a justiça.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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