Topo

Histórico

Categorias

Blog do Roberto Avallone

Valdivia, mais um capítulo neste misterioso caso do futebol

Roberto Avallone

21/02/2015 01h48

Foto: Cesar Greco

Foto: Cesar Greco

Oswaldo de Oliveira, diante das circunstâncias, voltou atrás: já não vai escalar Valdivia contra o Capivariano, no dia 28, como afirmara. E nem dá mais previsão sobre o retorno aos gramados do jogador que vive a elogiar. E como poderia? Pelo noticiário, Valdivia não faz um treino sequer há muito tempo e, pelo jeito, como não irá jogar na data projetada, deverá completar três meses sem jogar e até de treinar com o grupo: sua última partida aconteceu no dia 6 de dezembro de 2014, no empate com o Atlético Paranaense, 1 a 1.

Aliás, essa partida é uma atenuante para ausência tão longa. Segundo o que dizem, Valdivia jogou no sacrifício total, pois o Palmeiras corria o risco de ser rebaixado naquele domingo, última rodada, festejando a derrota do Vitória para o Santos, em Salvador, e a do Bahia para o Coritiba, em Curitiba, por 3 a 2- e de virada.

Aí vieram as férias, longas férias; veio uma declaração do jogador, saudoso da eficiência do terapeuta José Amador, da Seleção do Chile. As férias não resolveram o problema do jogador e nem mesmo a sua ida ao Chile- onde se encontrou com Amador e a Seleção chilena- foi capaz de deixar Valdivia curado.

O que fazer, então? O departamento médico do Palmeiras não se pronuncia respeito, o jogador se refugia nas instalações internas do C.T e a última imagem que dele se viu foi aquela do camarote no carnal em Salvador, de camisa regata e short, para onde teria ido pelo show de Ivete Sangalo. Ao que conta- segundo um conselheiro do Palmeiras- Valdivia apenas presenciou a festa. Nem mesmo pulou.

Em minha opinião, não é má vontade do jogador. Trata-se de uma excessiva dificuldade de lidar com suas lesões musculares, longas e longas ausências, oque não acontecia em sua primeira passagem pelo clube. Talvez, repito talvez, não tenha se cuidado o suficiente para não padecer tanto agora, já trintão.

É pena. Tecnicamente, ainda o considero o melhor jogador do time. Mas como futebol de hoje exige forma física, além da técnica, creio que o Palmeiras não pode mais depender de Valdivia: é preciso agilizar a documentação de Cleiton Xavier- um amigo me disse que os papéis já chegaram, não sei-, pois ele deverá ser o futuro meia-armador do time. E ainda com Alan Patrick e Robinho que podem fazer a função.

Se Valdivia conseguir disputar o mata-mata do Campeonato Paulista, em forma, ótimo. Caso contrário, o Palmeiras não sentirá mais a sua falta e mesmo que o jogador renove contrato, será uma espécie de artigo de luxo, tipo "o que vier, é lucro", mas sem aquela dependência visceral que não fazia bem algum à equipe.

De qualquer maneira, boa sorte a ambos, jogador Valdivia e Palmeiras, nesta nova fase que se prenuncia.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Blog do Roberto Avallone