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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras, mais longe do perigo sob o comando de Valdivia. São Paulo, a caça ao Cruzeiro

Roberto Avallone

03/11/2014 01h00

Foto Felipe Oliveira

Foto Felipe Oliveira

1- Ungido por bons presságios, há algumas semanas o técnico Dorival Júnior decidiu entregar o cargo de capitão do time do Palmeiras a Valdivia. E mais do que o melhor jogador do time, que já era, Dorival ganhou um comandante dentro do campo, preocupado com a defesa, o meio-campo e o ataque, transformando-se no líder que faltava.

Além disso, Valdivia continua a ser o craque decisivo: diante do Bahia, quando o adversário era superior, em um lance, um só, Valdivia descobriu Mazinho penetrando pela esquerda, tabelou com ele e fez um passe de craque, como seu toque final; Mazinho foi veloz e, na saída do goleiro Marcelo Lomba, acertou chute forte e alto, no canto esquerdo goleiro. Palmeiras 1 a 0.

E como desta vez o Palmeiras defendeu a vantagem até o final do jogo, a vitória acabou sendo mais do que importante na fuga ao rebaixamento: com o triunfo sobre um concorrente direto na briga contra a degola, mais os outros resultados da rodada que o favoreceram (derrotas de Vitória, Chapecoense, Figueirense, Criciúma, Botafogo- e o empate do Coritiba), foi enorme o passo dado em direção ao alívio de permanecer na Série A. Ainda faltam alguns pontos, é verdade, mas a impressão que se tem é a de o pior já está passando.

Quanto ao jogo em si, o Palmeiras dedicou-se a à marcação sem tréguas, a atacar apenas "na boa" e de contra-ataque, contando com a segurança da dupla Nathan e Tobio e também com as seguras defesas do goleiro Fernando Prass. O Bahia- que jogou uma bola na trave e reclamou de um pênalti de Nathan- pareceu-me afobado, nervoso, o que se explica pela dramática situação em que está envolvido, tão próximo da degola.

E o pênalti? Foi mais uma daquelas jogadas que vêm dando confusão há alguns nesses, o tal negócio de mão na bola e bola na mão, que dependem da interpretação da arbitragem. No caso de Nathan, ele estava caído, de costas para a bola e Kieza, chegando a tocar com a mão na bola, ao girar o corpo sim; mas, creio, com todo o jeito de quem tão teve intenção ou imprudência, portanto não cometendo o pênalti.

Foi uma questão de interpretação. Mas que os critérios quanto a esse tipo de suposta infração precisam ser uniformizados, ah, precisam mesmo.

2- O Cruzeiro é favorito à conquista do bicampeonato brasileiro, reconheço. Mas ainda não se pode cravar mesmo que já garantiu essa conquista: o São Paulo recuperou autoconfiança, ganhou bem do Criciúma fora de casa (2 a 1, gols de Edson Silva, Souza e a Alan Kardec) e se tem cinco pontos de desvantagem para o Cruzeiro, isso não significa tanto, pois 18 pontos ainda estão em disputa.

E lembrar também que o São Paulo jogou sem Kaká e sem Pato, jogadores, mas do que importantes para o time ofensivo em que se transformou o tricolor. Lembrar também que o Cruzeiro (que venceu o Botafogo, por 2 a 1) vem caindo demais de produção no segundo tempo, deixando ser aquele time quase imbatível de um ou dois meses.

Fortes emoções à vista.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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