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Blog do Roberto Avallone

A ironia: gol de Kardec manda o Palmeiras para a zona da degola

Roberto Avallone

17/08/2014 22h02

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

Há quem veja o que aconteceu como obra do Destino, da fatalidade, da falta de sorte. Não concordo. Ao perder Alan Kardec para o São Paulo do jeito que foi, por diferença irrisória, o Palmeiras deveria saber que corria o risco de reforçar seu rival, que acabou montando uma galeria de jogadores importantes do meio-campo para a frente- Ganso, Kaká. Pato, Alan Kardec e ainda Luís Fabiano.

O que aconteceu foi, no entanto, emblemático; logo após Henrique perder de maneira grotesca o que seria o gol da vitória do Palmeiras. O lateral Álvaro Pereira levantou para a área inimiga e Alan Kardec- cuja perda foi um dos grandes pecados da gestão Paulo Nobre- cabeceou como um centroavante de verdade, a bola bateu na trave, no goleiro Fábio e entrou nas redes.

Vitória do São Paulo (2 a 1) e o Palmeiras (com a vitória do Botafogo sobre o Fluminense) na zona de rebaixamento.

E é ano de Centenário.

Antes, Palmeiras e São Paulo disputaram um clássico equilibrado, de muita marcação, com os palmeirenses sendo um pouco superiores nos primeiros 15 minutos, enquanto teve Valdivia. Depois, Valdivia se machucou, saiu e o Palmeiras murchou. O São Paulo também não brilhava, mas ensaiava algumas jogadas em velocidade com Kaká contando, ainda, com os erros do adversário.

Ah, eles viriam… E veio com goleiro Fábio, que iniciou tão bem a sua carreira, mas que agora deixa saudades de Fernando Prass, que fez uma reposição de bola bem no pé esquerdo de Ganso: aí, de primeira, Ganso passou para Pato que colocou a bola no canto esquerdo de Fábio. Categoria e oportunismo de Pato. Coisa que os atacantes do Palmeiras não têm.

Ainda surgiu o gol de empate- Henrique, de pênalti- mais uma chance de gol, no fim do jogo (aquela, no fim do jogo, com Henrique) até surgir o gol fatal e emblemático de Alan Kardec, que fez o São Paulo respirar e mandou o Palmeiras a nocaute. Ou, pelo menos, à zona de rebaixamento.

O que fazer depois do clássico? O São Paulo deveria pensar em reforçar, se possível, a sua defesa. O Palmeiras- o que duvido- poderia pensar mais seriamente em ter Ronaldinho Gaúcho até o fim do ano e arriscar com a grande revelação de sua base, o garoto Gabriel Fernando, que no sábado marcou mais três gols. Agora, são 24 gols em nove jogos.

Pior do que está, não fica.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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