O que restou da Seleção, depois de Felipão
Já sem Felipão, a Seleção Brasileira busca desesperadamente reencontrar o seu caminho. Não será fácil, sabemos. Pois o que está em jogo não é apenas a equipe que nos deu vergonha nesta Copa do Mundo, mas sim todo o futebol brasileiro, que anda bem atrasado taticamente e já não produz nem metade dos talentos dos tempos de ouro.
De qualquer maneira, um bom técnico estrangeiro- de preferência Mourinho ou Guardiola, podendo também ser "El Loco" Bielsa ou Jorge Sampaolli- poderá resolver os problemas da equipe num primeiro momento, adotando futebol mais compacto, marcação por pressão ou criando jogadas ofensivas, tipo bê-á-bá do futebol moderno. Nem isso tivemos durante a Copa.
Mas um só homem, mesmo acompanhado de seus auxiliares, não dará jeito em todos os problemas. E aí podem entrar brasileiros competentes, técnico de renome, para ajudarem a formar talentos nas divisões de base, preterindo os brucutus que não levam a nada e escolhendo os meninos bons de drible, de chute, de fundamentos.
Desses jogadores que fizeram parte da trágica campanha, apesar da quarta colocação, poucos devem – ou deveriam- ser aproveitados. A começar pelo goleiro, Júlio César, que já deu a entender que não tem mais como objetivo a Seleção, passando por todos os laterais- Daniel Alves, Maicon, Marcelo, Maxwell- que, sinceramente, não têm condições de jogar por uma Seleção Brasileira.
No meio- campo, Luiz Gustavo é regular, apenas marcador, enquanto Fernandinho e Paulinho talvez possam merecer nova chance, desde que vivam boa fase; Oscar, em minha opinião, vive de altos e baixos, embora tenha jogadas apreciáveis. Hulk e Fred- especialmente este-, creio, já deram adeus à Seleção.
E então, de inquestionável mesmo, sobra apenas um jogador: Neymar.
O que significa dizer que foi muito pobre o legado que Felipão nos deixou. Há muito trabalho pela frente, sabe-se lá por quantos anos…
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