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Blog do Roberto Avallone

Contra a Colômbia, a Seleção Brasileira não pode continuar medíocre

Roberto Avallone

28/06/2014 21h59

Se em Belo Horizonte foi dramática a classificação do Brasil contra o Chile, na decisão por pênaltis (3 a 2, Brasil) após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar, ah no Maracanã os colombianos, próximos adversários do Brasil, passearam diante um atordoado Uruguai, vencendo por 2 a 0 e despontando James Rodriguez como o atual grande astro da equipe.

Como futebol não é assim, com vitória garantida de quem mais se destacou, não se pode dizer que a Colômbia seja a favorita, embora seja cristalina a capacidade dos colombianos em produzirem um belo futebol apesar da ausência de seu goleador, Falcao Garcia. Como contraponto, puxo pela memória para localizar no tempo seleção tão medíocre quanto esta de Felipão. E está duro de encontrar. Talvez a Seleção de 1966, na Copa da Inglaterra, talvez a de 1990, que tinha o comando de Lazaroni. Esta, atual, pode até ser campeã- nunca se sabe ao certo o que pensam os deuses da bola- mas, mesmo assim não perde em mediocridade para aquelas de 66 e 90.

Contra o Chile, em minha opinião, foi um horror! Mal nas laterais, no meio campo (será que Oscar estava mesmo em campo?) e no ataque, onde, por ironia, o gordinho Hulk se destacava mais do que Neymar, o Brasil só não perdeu para o Chile por sorte- a bola de Pinilla que carimbou o travessão na prorrogação e também porque os chilenos, assustados talvez com o peso da camisa da Seleção Brasileira, não se aventuraram tanto ao ataque como poderiam.

Felipão é um técnico de muita sorte.

Já a Colômbia, adversária o Brasil na próxima fase, exibiu no Maracanã um futebol que deu gosto de ver. Parecia o nosso de outros tempos. James Rodrigues, camisa 10, justificou porque joga no Monaco: foi o autor dos dois gols colombianos, sendo o primeiro deles um autêntico golaço, o chute violento, de esquerda e de fora da área, com a bola carimbando o travessão uruguaio por dentro e caindo dentro das redes.

Quando se encontrarem, no entanto, pela vaga à semifinal. Colômbia e Brasil entrarão em campo sem ter certeza de nada. É que reza o velho ditado do futebol que "cada jogo é uma história".

E assim será.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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