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Blog do Roberto Avallone

Fábio, nome de respeitável tradição no  gol

Roberto Avallone

20/05/2014 05h44

Na sequência Fábio, atual goleiro do Palmeiras; Fábio, goleiro do Palmeiras na Copa Rio de 51; Fábio , goleiro do Cruzeiro/ Arte V.S.

Fábio, atual goleiro do Palmeiras; Fábio, goleiro do Palmeiras na Copa Rio de 51; Fábio , goleiro do Cruzeiro

Para não ir muito longe nas coincidências e nos bons presságios que o nome Fábio leva a alguns goleiros, tendo por base por base a surpreendente performance desse jovem que defende a rede palmeirense, bastam uma citação e uma bela história de superação. Comecemos pela citação. Repetindo o que já contei neste espaço, há algumas semanas, em um programa esportivo da ESPN, ao ser questionado se Júlio César deveria ser o titular do gol na Seleção de Felipão, Waldir Perez, goleiro da inesquecível Seleção Brasileira de 1982, disse que não: "Meu goleiro seria o Fábio, do Cruzeiro".

A história pertence a um outro Fábio que, há quase 63 anos, escreveu uma Inesperada página de glórias na vida desse Palmeiras quase centenário. Tratava-se de Fábio Crippa (falecido em 23 de janeiro de 2011), um simpático grandalhão de quase 1 metro e 90 de altura, 23 anos,  reserva até que o grande Oberdan Cattani foi afastado do gol palmeirense em meados de 1951, depois de uma goleada sofrida para a Juventus da Itália, em pleno Pacaembu.

Corria o Ano da Graça de 1951, estava sendo disputada simplesmente a famosa Copa Rio, e a responsabilidade de substituir o mito Oberdan- goleiro de mãos enormes- coube a Fábio, até então uma incógnita. E até o fim do torneio, tantas foram as suas grandes defesas nas duas partidas contra o Vasco da Gama e nas duas finais contra a poderosa Juventus que ele não perdeu mais o seu lugar. Tornou-se ídolo, reverenciado como um campeão do mundo após o título da Copa Rio (os jogos finais disputados no Maracanã) e deixou Oberdan na reserva por quase dois anos.

Agora, como já insinuei acima, outro Fábio surge no gol e na vida do Palmeiras: tem 24 anos, 1 metro e 96 de altura, agilidade espantosa para quem é tão alto e estilo que faz lembrar o de São Marcos do Parque Antártica-este, tão mito quanto foi Oberdan nos anos 40 e comecinho dos 50. E, curioso, este jovem Fábio surge para substituir um outro grande goleiro, Fernando Prass, que tinha se transformado em ídolo e capitão do Palmeiras, até se lesionar gravemente (fratura no cotovelo), deixando em pânico a torcida.  Mas, para alívio geral, surgiram os milagres de Fábio.

Como na vida, da qual faz parte, o futebol tem lá seus mistérios e suas coincidências…

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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