Vexames: depois de Guardiola, José Mourinho. E lições até para a Seleção Brasileira
1- A semana foi trágica para os "Magos" do futebol, Pep Guardiola e José Mourinho. Nesta quarta-feira foi a vez do milionário Chelsea de Mourinho ser eliminado da Champions League, ao perder em casa- e sem jogar nada- para o heroico Atlético de Madri, por 3 a 1. E de virada.
Como se sabe, um dia antes, jogando em Munique o poderoso Bayern de Guardiola foi humilhado pelo Real Madrid, que o goleou por 4 a 0, debochando da posse de bola do adversário e fazendo prevalecer a explosão no contra-ataque, tendo em Cristiano Ronaldo um verdadeiro inferno para os inimigos.
Ah, futebol é assim mesmo, poderão dizer os mais simplistas. Não, não é bem assim. Muitas lições podem ser tiradas do fracasso dos times dirigidos pelos técnicos mais badalados do mundo, Guardiola e Mourinho. No caso do português, agora um especialista em armar retrancas (arrancou um empate de 0 a 0 contra o Atlético, em Madri, em jogo feio de assustar), nota-se nele, sabe-se lá a razão, dificuldades em armar uma equipe ofensiva, talvez em de veteranos atacantes- por ele avalizados-, em franca decadência como Samuel Eto'o e Fernando Torres. E isso é pecado mortal.
No caso de Guardiola, o fracasso foi ainda mais sintomático: pode significar o fim do famoso tic- tac (toque de bola para lá e para cá), que pode garantir bem maior posse de bola às equipes, mas que sem um aríete decisivo (como quando Messi estava em forma, por exemplo) torna-se maneira de jogar inofensiva e até cansativa por sua incansável repetição. Não só o Bayern sucumbiu com esse estilo de jogo, o Barcelona (com Messi em má fase) também.
Logo, não é mera coincidência.
Dinâmico como nenhum outro esporte em suas variações, o futebol oferece a quem o estuda (no caso, técnicos e jogadores atentos) o antídoto a qualquer esquema tático que se repete. É cíclico. E hoje, os vencedores quando no ataque procuram um estilo vitorioso de há 50 anos: o do Santos de Pelé, que além do Rei, tinha a velocidade de Dorval e Pepe e o oportunismo de Coutinho.
É alegre volta ao passado. Que nunca esteve tão presente.
2- Se futebol é momento, Felipão que se cuide: Oscar não está jogando nem no Chelsea, Ramires e Willian não demonstram porte para jogar na Seleção Brasileira, Paulinho patina no Tottenham, Luiz Gustavo está no modesto Wolsksburg, o goleiro Júlio César no incipiente futebol do Canadá.
E são nomes certos na lista pra a Copa do Mundo?
Enquanto isso, Felipe Luís (lateral-esquerdo do Atlético de Madri) está melhor do que todos os concorrentes na posição, assim como Philipe Coutinho é o grande ídolo do Liverpool, sério candidato ao título inglês da temporada. Eles não mereceriam uma chance, já que, repito, futebol é momento?
Creio que seria bom Felipão rever os seus conceitos. Ainda há tempo.
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