Contar com jogador do rival é a nova moda do Mercado da Bola?
A bola da vez agora é Wesley, que poderia sair do Palmeiras e ir para o São Paulo. Detalhe: se for no ano que vem, a partir de fevereiro, de graça. Normalmente, seria uma especulação a mais, pois não há confirmação oficial; hoje, no entanto, diante das circunstâncias, com o profissionalismo a todo vapor, a notícia não causaria nenhum espanto.
Depois da troca entre Corinthians e São Paulo, com Pato indo para o Morumbi- e ainda com metade do salário pago- e Jadson tornando-se o maestro corintiano, tudo ficou mais ameno, a rivalidade jogada para escanteio, um novo marco no futebol. Quem há de se espantar?
Daí surgem notícias como o suposto desejo do Corinthians por Alan Kardec, ídolo do Palmeiras, que são encaradas com naturalidade, ainda que não passem de especulações ou sejam embrionárias. Ah, o caso de Paulo Henrique Ganso do Santos para o São Paulo ainda que aqui tenha sido pago a multa- ou quase toda ela- em sinal de que os rivais podem conviver apesar dos negócios.
Em outros tempos, meu Deus! E não estou aqui fazendo a apologia do passado ou da lei do passe. Apenas relembro, em pitadinha histórica, que manter os principais jogadores era quase um dever dos clubes.
Se fosse para rival, então, nem pensar.
Foram vários os casos, sim. A História registra com espanto a saída de Zizinho do Flamengo para o Bangu (na época time de muito dinheiro), às vésperas da Copa do Mundo de 50, em transação que espantou o meio do futebol; já veterano, aos 36 anos, Jair Rosa Pinto trocou o Palmeiras pelo Santos; Claudio Cristóvão Pinho, beirando os 40 anos, saiu do Corinthians (depois de ser técnico por um ano) para jogar a sua última temporada pelo São Paulo; O grande goleiro Gylmar foi negociado pelo Corinthians para o Santos, em 1961, assim como Pagão, brilhante atacante do Santos foi desfilar sua arte no São Paulo.
Logo, existiam casos. Mas eram raros e aconteciam ou por divergências entre clube jogador, coisa assim. Mas não eram naturais.
Lembro também que Casagrande foi emprestado pelo Corinthians ao São Paulo, em 1984, onde fez furor ao lado de Careca, mesma trajetória de Mirandinha, centroavante corintiano que fez sucesso no Morumbi e foi até para a Copa do Mundo na Alemanha, em 1974, e continuou jogando bem até fraturar a perna em um jogo contra o América, em Rio Preto.
Agora trocar de rival pode estar virando moda. Nada tenho nada contra. Apenas relato as curiosidades.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.