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Blog do Roberto Avallone

Astros enciumados

Roberto Avallone

22/11/2013 03h26

Como de hábito, passo pelo boteco do seu Armindo, português da mais pura cepa e torcedor do Sporting. Ele deixa sempre a tevê ligada nos jogos internacionais- sempre com a casa cheia-, mas, desta vez, estava mais preocupado em dar o seu recado: "Olha, não sei se você vai gostar. Mas agora se não derem a bola de ouro para o Cristiano Ronaldo, é marmelada. É marmelada!".

Por que este blogueiro não haveria de gostar? É o que penso, também. Nesta temporada ninguém o superou ou chegou perto. Esta não é, no entanto, a opinião de outro Monstro Sagrado do Futebol, o sueco Ibrahimovic, que não só minimizou a façanha do português autor dos três gols que tiraram a Suécia da Copa no Brasil- "Ele fez só um gol a mais do que eu" (esquecendo-se do gol de Cristiano em Lisboa), como também soltou a pérola da imodéstia: "Uma Copa do Mundo sem mim não merece ser vista".

Uma questão de ciúmes. Nada mais.

E agora passo a entender o porquê de Ibra ter passado pelo Barcelona sem sucesso. E de andar de clube em clube. Ego tão grande deve ser insuportável.

Li algumas matérias que Messi, que recebeu outra chuteira de ouro agora com um terno enfeitado de 20 mil reais, não chega a ser um Ibrahimovic, mas também está longe de ter um mínimo de humildade. Talvez seja por esse motivo que, matreiramente, Neymar fica lá pela ponta-esquerda quando joga o argentino: só que joga bem mesmo por ali, desenvolvendo até um certo tipo de passe, da esquerda, que mais parece tacada de sinuca.

Devagar e sempre. E se Messi sentir ciúmes?

Na verdade, esse tipo de coisa faz parte da História do Futebol. O grande Didi "Folha Seca", que passou pouco tempo no futebol espanhol, queixou-se em seu retorno do boicote que teria sofrido dos companheiros do Real Madrid. Não apontou nomes, mas os que o viram, diziam que recebia poucos passes do francês Kopa, do argentino Di Stéfano, do húngaro Puskas e do espanhol Gento- os craques que compunham o ataque do Real, verdadeira constelação internacional de estrelas.

Ciumentas, naturalmente.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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