O Vasco faz o São Paulo retornar à zona da degola. E incertezas palestrinas
1- Ah, o São Paulo está de volta à zona do rebaixamento. E o seu carrasco, desta vez, foi o Vasco da Gama que, mesmo jogando em Macaé, venceu o Inter de Porto Alegre, por 3 a 1, saindo momentaneamente do sufoco , mandando o tricolor ao posto que lhe dá calafrios.
Quanto ao jogo em si, foi uma vitória justa e que nas entrelinhas do que se ouviu do presidente do Inter, Giovanni Luigi, deve ter custado o cargo do técnico Dunga, que provavelmente sairá ainda hoje do Colorado. Como suportar tantas decepções de um elenco formado por jogadores renomados, bem ora muitos deles já veteranos?
O Vasco venceu baseado no talento e no comando de um veterano, sim, Juninho pernambucano, mas acompanhado de jovens valores como Marlone, Willie (autor do terceiro gol) e André (autor do segundo), velozes o suficiente para infernizar a marcação dos velhos defensores do Inter. Coube a Edmilson (ex- Palmeiras) autoria do primeiro gol vascaíno e a Jorge Henrique (ex- Corinthians) o gol de honra dos gaúchos.
E quanto ao São Paulo, que paga o preço de sua recaída nos últimos jogos, pode-se dizer que teve dia agitado: de surpresa, o técnico Muricy Ramalho antecipou a concentração dos jogadores em uma noite, assim como o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, foi visto a conversar com Rogério Ceni por pouco mais de meia hora, provavelmente na tentativa de entender o que está acontecendo.
Resumo da ópera: sinal de alerta- e que sinal- ligado outra vez no São Paulo. O fantasma do rebaixamento voltou a assustar.
2- Que o Palmeiras estará de volta à elite do futebol brasileiro, ninguém duvida. Só não se sabe exatamente como estará no ano de seu Centenário, em alguns itens:
a) Arena: embora oficialmente tudo esteja normal, nos bastidores se comenta que a relação entre o Palmeiras e a construtora (W. Torre) não anda das mais doces. Tanto que um experiente empresário foi destacado para tentar aparar divergências e arestas entre as partes, tentando um acordo razoável para ambas. A Folha de São Paulo já publicou há um tempinho a discussão sobre as cadeiras disponíveis a cada umas das partes- e, ao que consta, isso ainda não foi resolvido satisfatoriamente. E há outros pontos sendo discutidos.
A esta altura do Campeonato, acredito, que o tal acordo razoável será alcançado, mesmo se não for o ideal para o investidor ou para boa parte da torcida que, evidentemente, sonharia com um novo estádio construído com recursos próprios do clube- como foi na romântica compra do terreno (e depois, do primeiro estádio de concreto), que daria no romântico Parque Antarctica.
Os tempos são outros. E como me disse um conselheiro, deve-se fazer o melhor negócio possível.
b) Como será o time para o Ano do Centenário, quem será o técnico? Gilson Kleina ainda está sob avaliação constante, segundo se fala sempre, e não tem situação definida para o ano que vem. Quanto ao elenco, mais de dez jogadores terão contrato encerrado no fim do ano, sendo que pelo menos dois deles são fundamentais para a equipe: o atacante Leandro e o zagueiro Wilson. Nos bastidores, fala-se em reforços, não se sabendo, no entanto, se haverá dinheiro suficiente para a contratação de jogadores sonhados pela torcida, como, por exemplo, um lateral-esquerdo de muitas qualidades, assim como um primeiro volante ideal, um atacante (tipo Marcelo, do Atlético Paranaense) e um centroavante para pelo menos brigar com Alan Kardec pela posição.
c) O programa de sócio- torcedor está indo bem. Até a noite desta quinta-feira, faltava bem pouco para o número de 34 mil associados. Como manter e ampliar este número, é a questão.
d) O patrocinador máster (que, falaram-me, seria a Fiat) ainda não foi anunciado e talvez fique só para o ano que vem. O tema está sob sigilo.
Enfim, as esperanças palestrinas são grandes. Mas as indefinições geram, como é natural, muita ansiedade na torcida do time que está de volta ao seu lugar.
OBSERVAÇÃO: Conheçam o canal da competente amiga Marília Ruiz. Na entrevista que dei a ela falamos sobre futebol e jornalismo, confira! http://mariliaruiz.com.br/marilia-ruiz-entrevista-roberto-avallone/ …
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