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Blog do Roberto Avallone

“Fica Tite” virou ironia nas redes sociais. A injusta derrota do São Paulo

Roberto Avallone

29/09/2013 21h07

Foto: Eduardo Viana

1-  A humilhante goleada do sofrida para a intrépida Portuguesa, por 4 a 0- com direito a gritos de olé por parte de torcedores corintianos- fez  aumentar ainda mais a dúvida sobre a permanência do  técnico Tite  à frente da equipe que tornou vitoriosa. Os rivais do Corinthians, é claro, não perderam a chance e tanto postaram a frase "Fica Tite" que a deixaram quase no topo das mais citadas nas redes sociais.

E como é que é, Tite fica ou não fica? Segundo minha fonte corintiana, a preferência de um dos principais caciques do clube (em conversa informal) seria a troca do treinador por Mano Menezes, que recentemente deixou o Flamengo. Mas, nos bastidores, fala-se que durante a festa de sábado à noite (com show de Ivete Sangalo), em Itaquera, na Arena corintiana, o presidente do clube, Mário Gobbi, teria dito que não apenas manterá Tite em seu cargo como também pretende renovar o contrato do treinador para a próxima temporada.

Um fato novo, no entanto, surgiu após o jogo, em Campo Grande, e que pode dar outro rumo à questão: Tite não apareceu na entrevista coletiva, fato raro, o que pode ser um sinal de que pode partir do próprio treinador a iniciativa de sair, com o tradicional "deixar o cargo à disposição".

O fato é que, depois de várias conquistas importantes, o Corinthians parece ter caído num poço sem fundo neste Campeonato Brasileiro: muito mal colocado na tabela, distante do G-4 e mais próximo da zona do rebaixamento, ostenta uma campanha das mais fracas, sendo que nos últimos oito jogos não venceu nenhum e só marcou um golzinho- na derrota para o Goiás, no Pacaembu, por 2 a 1.

E diante da Lusa, então, o fiasco foi total. Em meia hora de jogo já estava 3 a 0 para a Portuguesa, três gols de Gilberto, partida liquidada. Ainda mais porque Guerrero cobrou pênalti de maneira patética, desperdiçando a grande chance. E no segundo tempo, quando entrou Pato o Corinthians teve dois gols justamente anulados, sofreu ainda mais coma expulsão do zagueiro Gil, sentiu na alma o quarto gol luso (Wanderson, depois de driblar o goleiro Cássio) e ouviu gritos de "olé" de sua própria torcida.

De quebra, uma garrafa de plástico, vinda do local onde estava a torcida do Corinthians (grande maioria no estádio) acertou a cabeça de um dos bandeirinhas, o que pode significar nova punição ao clube- que já pena com a perda de seis mandos de campo, quatro pelo Campeonato Brasileiro e duas pela Copa do Brasil.

Resumo da ópera: o que mais de ruim poderia ter acontecido ao Corinthians? Creio que é difícil imaginar situação pior.

Foto: Marcelo Pereira

2- Como diria o saudoso locutor Ênio Rodrigues, "Futebol é bola na rede". E o São Paulo não fez o que dizia o velho jargão e acabou perdendo para o Grêmio (1 a 0, gol de Vargas) a partida em que merecia melhor resultado. Tanto pelas chances criadas- em uma delas, Dida defendeu o chute de Luís Fabiano, à queima- roupa- quanto pelo pênalti cometido por Kleber, que tocou na bola com o braço direito bem aberto depois da cobrança de falta do lateral Reinaldo.

O resultado da derrota foi a volta não ainda à zona de rebaixamento, mas voltar a ficar bem perto dela, com a segunda derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro (para Goiás e Grêmio) sob o comando de Muricy Ramalho.

O que preocupa os torcedores do tricolor paulista, enquanto os do outro tricolor- o gaúcho- festejam agora a vice- liderança, com 42 pontos (à frente do Botafogo por saldo de gols), graças à vitória contra o São Paulo e à surpreendente combinação de resultados, com a derrota do Bota para a Ponte Preta (1 a 0) e ao tropeço do Atlético Paranaense para o Vitória, em Curitiba, onde o Furacão perdeu por 5 a 3.

A rodada só não foi perfeita para o Grêmio porque o líder Cruzeiro– em fase fantástica- venceu o Inter, em Novo Hamburgo, por 2 a 1, tendo agora 11 pontos de vantagem para o segundo colocado.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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