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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras, invencibilidade perdida e duas lições a serem seguidas

Roberto Avallone

24/08/2013 19h18

Foto: Celio Messias

O Boa Esporte só precisou de alguns toques venenosos de seu astro, o veterano Marcelinho Paraíba, para derrotar o líder Palmeiras. Não mais do que isso. O resultado deste sábado em Varginha, 1 a 0 para o Boa, foi construído com escanteio batido com maestria por Marcelinho e bola escorada por Karanga, logo aos dois minutos de jogo.

E quase que o mesmo Karanga fez o segundo gol dos mineiros, em outro cruzamento precioso de Marcelinho, já no segundo tempo, mas para alívio da aflita defesa palmeirense o atacante do Boa falhou no bote. Resumo da ópera: o time mais fraco- o vencedor- teve a arte suficiente de Paraíba ao atacar, enquanto mais forte, o líder Palmeiras, deixou o favoritismo no papel.

O Palmeiras jogou muito mal. Tudo bem que foi o mistão palestrino, pois estava desfalcado de titulares fundamentais (Valdivia, Leandro, Wesley, Vilson, Fernando Prass e até mesmo Mendieta que ficou no banco de reservas durante todo o primeiro tempo, poupado pelo técnico Gilson Kleina), mas mesmo assim, decepcionou e, em minha opinião, tomou duas lições que vai seguir, se tiver juízo.

Eis as lições:

1- O Palmeiras não pode poupar jogadores, sob risco de perder de maneira tão indolente como a deste sábado. Inteiro, até que tem um bom time, mas o seu elenco (quero dizer os reservas) é rico em quantidade e pobre em qualidade. Time é uma coisa, elenco é outra. Assim, o Palmeiras tem que torcer para jogar completo ou quase completo, caso contrário a decepção será iminente. Como foi a derrota para o modesto Boa.

2- O técnico Gilson Kleina não pode insistir em jogar com três volantes, coisa que, aliás, parecia já ter chegado à conclusão depois de alguns sustos. Com três marcadores, nem o ataque fica abastecido e nem a defesa deixa de ficar exposta, pois os volantes, de qualquer jeito, precisam se mandar para o ataque. Kleina está errado!

Três volantes, quem sabe, deveriam ser usados para um jogo contra um Barcelona, um Real Madrid, um Bayern de Munique. E não contra o Boa, o Paysandu e quetais. Com todo o respeito.

Elementar, caro Kleina.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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