Palmeiras, invencibilidade perdida e duas lições a serem seguidas
O Boa Esporte só precisou de alguns toques venenosos de seu astro, o veterano Marcelinho Paraíba, para derrotar o líder Palmeiras. Não mais do que isso. O resultado deste sábado em Varginha, 1 a 0 para o Boa, foi construído com escanteio batido com maestria por Marcelinho e bola escorada por Karanga, logo aos dois minutos de jogo.
E quase que o mesmo Karanga fez o segundo gol dos mineiros, em outro cruzamento precioso de Marcelinho, já no segundo tempo, mas para alívio da aflita defesa palmeirense o atacante do Boa falhou no bote. Resumo da ópera: o time mais fraco- o vencedor- teve a arte suficiente de Paraíba ao atacar, enquanto mais forte, o líder Palmeiras, deixou o favoritismo no papel.
O Palmeiras jogou muito mal. Tudo bem que foi o mistão palestrino, pois estava desfalcado de titulares fundamentais (Valdivia, Leandro, Wesley, Vilson, Fernando Prass e até mesmo Mendieta que ficou no banco de reservas durante todo o primeiro tempo, poupado pelo técnico Gilson Kleina), mas mesmo assim, decepcionou e, em minha opinião, tomou duas lições que vai seguir, se tiver juízo.
Eis as lições:
1- O Palmeiras não pode poupar jogadores, sob risco de perder de maneira tão indolente como a deste sábado. Inteiro, até que tem um bom time, mas o seu elenco (quero dizer os reservas) é rico em quantidade e pobre em qualidade. Time é uma coisa, elenco é outra. Assim, o Palmeiras tem que torcer para jogar completo ou quase completo, caso contrário a decepção será iminente. Como foi a derrota para o modesto Boa.
2- O técnico Gilson Kleina não pode insistir em jogar com três volantes, coisa que, aliás, parecia já ter chegado à conclusão depois de alguns sustos. Com três marcadores, nem o ataque fica abastecido e nem a defesa deixa de ficar exposta, pois os volantes, de qualquer jeito, precisam se mandar para o ataque. Kleina está errado!
Três volantes, quem sabe, deveriam ser usados para um jogo contra um Barcelona, um Real Madrid, um Bayern de Munique. E não contra o Boa, o Paysandu e quetais. Com todo o respeito.
Elementar, caro Kleina.
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