A boa estreia da Seleção. E o contraste entre Bielsa e Luxemburgo

Foto: Ricardo Matsukawa

1- Foi boa a estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, ao bater o Japão por 3 a 0, em Brasília.  Disse boa, não ótima, pois os japoneses nem pertencem à elite do futebol mundial e nem suportaram o cansaço no segundo tempo, motivos suficientes para que o triunfo não sirva de parâmetro para o futuro.

De qualquer maneira, contando com um belo gol de Neymar logo aos três minutos de jogo e com um gol de Paulinho no início da segunda etapa, a Seleção soube levar a partida e encontrou, ainda, o gol de Jô-após boa jogada de Oscar-, no fim, para consolidar os 3 a 0 e a fácil vitória.

Ainda penso que Lucas deveria estar no lugar de Hulk, pois o futebol fluiria mais naturalmente pela direita, ganhando em construção de jogadas e não perdendo em marcação. Como destaques, apontaria o zagueiro Thiago Silva– perfeito na marcação e na cobertura- e o lateral-esquerdo Marcelo, sempre ativo no apoio ao ataque.

Fotos: Marcelo Bielsa/ Getty Images, Vanderlei Luxemburgo/ Divulgação – Montagem Valéria Simeão

2-  Bielsa e Luxemburgo, situações contrastantes: enquanto o argentino Marcelo" "El Loco" Bielsa voltou a ficar próximo do Santos, esperado que é como revolucionário dos campos, continua crítica a situação de Luxemburgo no Grêmio, vaiado pela torcida no jogo contra o São Paulo e alvo de críticas importantes. Leio na gaúcha Zero Hora o comentário de Paulo Sant'Ana, ferrenho e tradicional gremista, pedindo que Luxa peça demissão, alegando que os torcedores não o querem mais no clube e que ele apenas ainda não foi demitido em função da alta multa contratual estabelecida.

Quanto a Bielsa, acredito que ele acabe mesmo acertando com o  Santos, diante da reviravolta nas negociações. Mas não arrisco um palpite sobre desfecho imediato no caso de Luxemburgo, apesar das pressões: tudo dependerá dos próximos resultados. Reconheço, no entanto, que o Grêmio, há muito tempo, vem jogando abaixo do milionário investimento feito pelo clube, inclusive com jogadores- e Barcos é um exemplo marcante- atuando de maneira irreconhecível.

É a eterna dança do futebol.